Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 19º

Entre consenso às críticas a Dijsselbloem há divergências entre PSD e PS

O ministro das Finanças holandês vive coro de críticas. Mas nem todas partem do mesmo prisma.

Entre consenso às críticas a Dijsselbloem há divergências entre PSD e PS
Notícias ao Minuto

23:55 - 22/03/17 por Pedro Filipe Pina

Política Polémica

No espaço de uma semana Jeroen Dijsselbloem, ministro das Finanças da Holanda, viu o seu partido passar de 38 para 9 deputados, previsivelmente não figurará no próximo executivo holandês e, após usar como metáfora gastos em “vinho e mulheres” para falar da solidariedade aos países da Europa do Sul, vê o seu lugar como presidente do Eurogrupo ameaçado.

Entre Portugal, Itália, Espanha e Grécia multiplicaram-se críticas que tiveram eco até entre as ‘famílias’ políticas europeias do PSD e do PS, que nesta questão integram o coro de críticas às polémicas palavras de Dijsselbloem.

Ainda assim, entre o consenso às críticas há ainda divergências, como António Leitão Amaro, do PSD, e João Galamba, do PS, tornaram evidente no espaço de comentário semanal que partilham na antena da SIC Notícias.

António Leitão Amaro considera que as palavras de Dijsselbloem são “inaceitavéis na forma e no conteúdo”, nomeadamente por virem de “alguém que, por presidir a um órgão europeu, que nos representa a todos”.

Já João Galamba afirmou que “obviamente que o PSD nunca fez declarações semelhantes” às de Dijsselbloem e que o “repúdio” dos sociais-democratas “é genuíno”. “Mas [o PSD] contribuiu para este tipo de discurso”, acusou.

“O PSD, e sobretudo Passos Coelho, venderam na Europa, e tentaram em Portugal também, uma interpretação moralista da crise que é análoga à de Dijsselbloem”, apontou o deputado socialista.

O comentário mereceu resposta do deputado social-democrata, que afirmou que esta crítica seria por “força do embaraço de quem apoiou um Governo, esse sim irresponsável. Não foram os portugueses, foi um governo socialista”, referiu em alusão ao Governo liderado por José Sócrates.

Galamba, por seu lado, recuperou um episódio envolvendo um turista finlandês que disse a Passos Coelho que esperava “que essa refeição não fosse paga” com dinheiro do seu país. “Passos Coelho referiu-se a esse discurso, não para o repudiar, mas para o usar em comícios”, criticou, ao que António Leitão Amaro ripostou, considerando que tal era “falso”.

“Não me esqueço do ‘viver acima das possibilidades’, dos bifes da [Isabel] Jonet”, disse ainda João Galamba, acrescentando que tal contribuiu para “o preconceito em que se tornou a explicação da crise para muita gente”.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório