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PS exige pedido de desculpa ao governo holandês por palavras Dijsselbloem

O PS leva na sexta-feira a plenário um voto de condenação pelas declarações do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijssembloem, no qual exige um pedido de "desculpas público" ao próprio e ao Governo holandês.

PS exige pedido de desculpa ao governo holandês por palavras Dijsselbloem
Notícias ao Minuto

19:00 - 22/03/17 por Lusa

Política Debate quinzenal

No voto, ao qual a agência Lusa teve acesso, a bancada socialista propõe que a Assembleia da República condene "com veemência as declarações inaceitáveis do atual presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem", e exija "ao próprio e ao Governo [holandês], a que ainda pertence, a emissão de um pedido de desculpas público a todos os cidadãos visados".

Esta posição da bancada socialista surge depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter defendido o afastamento do ministro das Finanças holandês das funções de presidente do Eurogrupo, caraterizando "a visão" de Dijsselbloem em relação aos países do sul da União Europeia como "xenófoba" e politicamente "inaceitável".

Na sexta-feira, no parlamento, além do voto do PS, também serão votadas resoluções do PSD, Bloco de Esquerda, CDS-PP e do PCP, todas de condenação pelas declarações do presidente do Eurogrupo.

No voto do PS refere-se que, na passada segunda-feira, o jornal alemão Frankfurter Allgemeine "deu à estampa uma entrevista com o ministro das Finanças dos Países Baixos e ainda presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, na qual este se pronunciou de forma inaceitável sobre os Estados-membros do sul da Europa, sustentando que não se pode gastar todo o dinheiro em álcool e mulheres e, de seguida, pedir para ser ajudado".

"Até ao momento, não foi produzida qualquer retratação ou nota de arrependimento pelas palavras proferidas", observa-se no texto apresentado pela bancada socialista.

Para o PS, "não pode haver condescendência para quem não se inibe de alimentar barreiras artificiais assentes no preconceito e xenofobia, e que mais não faz do que traduzir uma leitura simplista e intencionalmente deturpada do complexo de problemas que, ao longo dos últimos anos, têm vindo a assolar a governação económica da zona euro, denotando um radicalismo na forma correspondente às mais intransigentes leituras do papel das instituições europeias na superação de crises como a que a vem decorrendo desde meados da década passada na Europa".

"As divergências ideológicas e políticas sobre políticas públicas de consolidação orçamental não podem servir de sustento ao insulto, desrespeito e menorização de parceiros de largas décadas, em declarações proferidas por qualquer responsável político", acrescenta-se no documento subscrito pela bancada socialista.

No voto do grupo parlamentar do PS é ainda referido que "atentas as responsabilidades exercidas por Jeroen Dijsselbloem no Governo do seu país e na presidência do Eurogrupo, as declarações assumem redobrada gravidade e demonstram de forma eloquente a insustentabilidade da sua continuidade na liderança daquela instituição determinante para o futuro da União Europeia".

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