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PAN critica "patrocínio financeiro e institucional" ao setor da carne

O PAN criticou hoje o "patrocínio financeiro e institucional do Estado" ao setor da carne e alertou para os riscos do seu consumo excessivo, mas o primeiro-ministro contrapôs que melhorar a dieta alimentar não é incompatível com apoios à pecuária.

PAN critica "patrocínio financeiro e institucional" ao setor da carne
Notícias ao Minuto

23:00 - 22/03/17 por Lusa

Política André Silva

No debate quinzenal com o primeiro-ministro no parlamento, o deputado do PAN André Silva alertou que "os portugueses correm sérios riscos de saúde que resultam de um consumo excessivo de carne", enfatizando que o Governo tem feito campanhas dissuasoras do consumo excessivo de açúcar, sal, álcool e tabaco e tem tributado ainda estes produtos com impostos especiais de consumo.

"Mas e no setor da carne o que se tem feito? Tem-se apoiado fortemente a produção, atribuído linhas de financiamento com dinheiro público e beneficiado o setor com isenções fiscais diversas. Estamos perante um sério problema de saúde pública e que agrava a insustentabilidade do SNS [Serviço Nacional de Saúde]. Tudo isto, com o patrocínio financeiro e institucional do Estado", criticou.

Na resposta, o primeiro-ministro, António Costa, disse concordar com o deputado do PAN na ideia de que o melhor contributo que se pode dar para a qualidade da saúde dos portugueses tem a ver com a correção de hábitos de vida, defendendo a necessidade de se investir na melhoria da qualidade da dieta alimentar.

Contudo, acrescentou, este "esforço não é incompatível com o apoio a uma atividade económica da maior importância que é o setor da pecuária".

Além disso, a dieta "deve ser diversificada e "pode ter também o consumo de carne", sublinhou.

"Se é importante para as nossas finanças uma saúde de qualidade e Serviço Nacional de Saúde robusto, não é menos importante ter uma agricultura forte, produtiva. O apoio à pecuária não é incompatível com o trabalho pedagógico que temos que fazer com a melhoria da dieta alimentar", defendeu o chefe do executivo.

André Silva questionou ainda se "não é função do Estado informar e proteger os seus cidadãos" e quis saber "que interesse está o Estado a servir": "os da saúde e bem-estar das pessoas ou o lucro de indústrias pecuárias, altamente poluentes e tóxicas", questionou.

"Senhor primeiro-ministro, com tantas evidências, estudos e dados nacionais e internacionais credíveis e conclusivos, quando é que teremos nesta matéria uma gestão de dinheiros públicos que defenda os superiores interesses dos cidadãos e as necessidades do país", apelou.

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