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Comunismo e fascismo? "Há convicções moralmente superiores a outras"

"Não conheço os mártires fascistas que tentaram fazer do fascismo uma coisa decente", afirma Porfírio Silva

Comunismo e fascismo? "Há convicções moralmente superiores a outras"
Notícias ao Minuto

10:30 - 15/03/17 por Pedro Filipe Pina

Política Porfírio Silva

Quando a questão é ideológica, os números de mortes do nazismo e do fascismo são muitas vezes comparados aos do comunismo. 

O tema voltou a estar na ordem do dia e na perspetiva do socialista Porfírio Silva há de facto “convicções moralmente superiores a outras”, isto independentemente dos “erros cometidos em nome do comunismo”.

A opinião de Porfírio Silva surge na sua página no Facebook e é uma resposta a uma crónica de João Miguel Tavares, que esta semana escreveu no jornal Público um artigo intitulado ‘Ser fascista em Portugal’ onde afirma que "enquanto as convicções de uns continuarem a ser consideradas moralmente superiores às dos outros, nunca seremos uma democracia a sério."

O “articulista (…) está errado”, defende Porfírio Silva, que considera que o que se pretende com isto “é equiparar fascismo e comunismo” e que esta é “uma velha conversa”.

“Se se cometeram crimes em nome do comunismo - e cometeram -, esses crimes não faziam parte do programa, nem resultam directamente do mesmo. Já o fascismo, especificamente o nazismo, continha o mal na sua própria raiz”, defende o deputado do PS.

Porfírio Silva diz ainda que houve “comunistas que se sacrificaram, alguns até à morte, para combater os erros cometidos em nome do comunismo”. No entanto, acrescenta, não conhece “os mártires fascistas que tentaram fazer do fascismo uma coisa decente”.

Ainda assim, Porfírio Silva concorda com outra posição de João Miguel Tavares, que critica a leviandade com que no debate público em Portugal o termo fascista é ‘atirado’.

“A verdade é que alimentamos estas confusões quando chamamos fascista a qualquer coisa de que não gostemos. Mas isso é outra conversa”, distingue Porfírio Silva.

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