PSD pede audição a Centeno após revelações da Autoridade Tributária

António Leitão Amaro responsabiliza o atual Governo pela falta de fiscalização às transferências para offshores. PS fala em "factos políticos alternativos".

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Anabela de Sousa Dantas
10/03/2017 12:22 ‧ 10/03/2017 por Anabela de Sousa Dantas

Política

Leitão Amaro

António Leitão Amaro anunciou esta sexta-feira que foi feito um pedido de audição a Mário Centeno, no seguimento do documento revelado esta terça-feira pela diretora-geral da Autoridade Tributária, Helena Borges, discriminando as transferências de quase 10 mil milhões de euros para offshores sem controlo do Fisco.

“No debate quinzenal da semana passada, o senhor primeiro-ministro, António Costa, fez declarações bastante imprudentes sobre a fiscalização, pela Autoridade Tributária, sobre as transferências para offshores”, começou por dizer o social-democrata.

Leitão Amaro sublinhou que António Costa fez “insinuações de que não tinha havido fiscalização por parte do governo relativamente a várias dessas declarações”.

“Ora, depois de o PSD ter pedido, esse documento chegou esta semana, com a diretora-geral da Autoridade Tributária, ao Parlamento, e diz o seguinte: 18 das 20 operações para offshores só poderiam ser fiscalizadas pelo atual Governo. Dessas, sete chegaram ao Fisco antes das eleições legislativas e quatro, representando 2.850 milhões de euros, só chegaram ao Fisco durante o ano de 2016”, esclareceu.

O deputado afirmou, portanto, que a “maioria das transferências e do valor implicado só poderia ser fiscalizada pelo atual Governo”, indicando, assim, ser “indispensável chamar o ministro das Finanças”.

O socialista Eurico Brilhante Dias já respondeu, acusando o PSD de "manobra política descarada". "Há limites para a criação de factos políticos alternativos", atirou.

De referir ainda que, entretanto, o PSD pediu mais uma audição ao ministro das Finanças, desta feita a propósito da CGD.

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