PS quer que a "primeira mulher a usar calças no BdP se vá embora"

E é “fácil perceber esta tomada de posição”, garante Joaquim Jorge.

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© Joaquim Jorge

Patrícia Martins Carvalho
06/03/2017 09:45 ‧ 06/03/2017 por Patrícia Martins Carvalho

Política

Opinião

 

A presidente do Conselho das Finanças Públicas disse, na semana passada, que “até certo ponto houve um milagre no défice” que se ficou a dever à implementação do “perdão fiscal e a cortes da despesa muito profundos, nomeadamente no investimento público”.

Para Teodora Cardoso não haveria problema, não fosse o facto de estas medidas “não serem sustentáveis”, tal como disse em entrevista à Rádio Renascença e ao jornal Público.

O Partido Socialista não gostou destas declarações e, pela voz de Eurico Brilhante Dias, deixou no ar a ameaça de rever o modelo do Conselho de Finanças Públicas, enquanto Bloco e PCP foram mais longe ao considerarem a extinção do organismo independente.

"O PS quer que a senhora Teodora Cardoso se vá embora e quer extinguir o Conselho de Finanças Públicas", diz Joaquim Jorge, garantindo que “é fácil perceber esta tomada de posição”, pois a “senhora Teodora Cardoso, reputada economista e a primeira mulher a usar calças no Banco de Portugal, é uma mulher independente”.

O fundador do Clube dos Pensadores escreve ainda num artigo de opinião enviado ao Notícias ao Minuto que uma “democracia deve ter contrapoderes e poderes independentes”.

E, em seu entender, esses “poderes não podem, nem devem ser uma correia de transmissão do pensamento do Governo”, defendendo que as “decisões dos órgãos independentes nem sempre podem ser do agrado do Governo” até porque, sublinhou, “o unaninismo em democracia não existe, é apanágio do partido único”.

Assim, Joaquim Jorge remata ao considerar que “o PS é um partido democrático e só lhe fica mal esta tomada de posição”, lamentando ainda o facto de a “independência e a transparência conviverem mal com os partidos políticos”.

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