CGD: Direita pede suspensão da comissão, Esquerda pede fim de "amuos"
No final da reunião dos coordenadores da Comissão de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD), Esquerda e Direita mostraram-se em polos opostos em relação àquilo que deverá ser o futuro da comissão.
© Global Imagens
Política Comissão de inquérito
O PSD e o CDS-PP entregaram esta terça-feira um requerimento a pedir a suspensão dos trabalhos da comissão até que sejam entregues documentos da CGD, do Banco de Portugal, do Ministério das Finanças e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
No final da reunião dos coordenadores da Comissão de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD), João Paulo Correia (PS), Miguel Tiago (PCP), Moisés Ferreira (Bloco de Esquerda) e João Almeida (CDS) fizeram algumas declarações.
João Paulo Correia afirmou que a comissão de inquérito “está à mercê dos amuos do PSD e CDS” e que “já chega de brincar à banca”. O deputado socialista atirou que a “estratégia do PSD e do CDS sempre foi atingir a capitalização da CGD”.
Da parte dos comunistas, Miguel Tiago referiu já esperar este desenvolvimento por parte da Direita e que o PCP “entendeu pedir algum tempo para ponderar sobre o futuro da comissão”. “Em primeiro lugar, não só porque há uma alteração das posições do PSD e do CDS mas também porque anunciaram, à margem desta comissão, uma outra comissão de inquérito e é necessário compreender politicamente como se articula isto, e depois tomar uma posição sobre o calendário dos trabalhos”, indicou.
Moisés Ferreira, por seu turno, deixou claro que o “Bloco de Esquerda já tomou posição” sobre o rumo que devem tomar os trabalhos da comissão, indicando que é preciso “fazer as audições que faltam e não estar permanentemente a adiá-las”, para que se possa “começar a produzir resultados”. O deputado bloquista sustentou que a comissão de inquérito “não pode estar constantemente a ser interrompida pelo PSD e pelo CDS”.
João Almeida, o único deputado da Direita que falou aos jornalistas, defendeu que a “Esquerda tem por tudo tentado impedir” que a comissão de inquérito “chegue a outras conclusões que não ‘a culpa é do governo anterior’”. “Do ponto de vista do CDS é muito claro. Vamos concluir esta comissão com todas as informações, se a esquerda estiver disponível para isso”.
Recorde-se que o PSD indicou hoje, também, o deputado Emídio Guerreiro como novo presidente da Comissão de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos.
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