Novo Banco: PCP reitera que a venda é "contrária ao interesse nacional"
O PCP voltou hoje a defender que a venda do Novo Banco "constituirá, a concretizar-se, uma decisão contrária ao interesse nacional", após o Banco de Portugal (BdP) selecionar o fundo norte-americano Lone Star para "fase definitiva de negociações".
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Política Banca
"Tal decisão deixaria o caminho livre para uma reestruturação do banco, com prejuízo dos seus trabalhadores e da atividade, e à preparação da sua venda pelos novos donos em condições favoráveis aos seus interesses, mas lesivas do interesse público", lê-se num comunicado dos comunistas.
Segundo o anúncio do BdP, o fundo norte-americano passou para a frente nas negociações depois de, no final de 2016, ter sido noticiado que, entre os concorrentes, o fundo chinês Minsheng tinha a melhor proposta financeira, mas não apresentou provas de que conseguiria pagar o montante oferecido, devido às restrições de movimentação de divisas na China.
"Como o PCP tem defendido desde o início do processo de Resolução do BES, em agosto de 2014, o Novo Banco, pela sua dimensão, pelo apoio que pode dar às micro, pequenas e médias empresas e às famílias, devia manter-se sob controlo público do Estado e colocado ao serviço do desenvolvimento económico do país e das famílias, salvaguardado que seja o interesse nacional", defendem os dirigentes do PCP.
Segundo a imprensa, a proposta da Lone Star prevê a partilha de dividendos futuros com o Fundo de Resolução, o que agrada, mas também exige garantias estatais para eventuais perdas que o Novo Banco ainda tenha de assumir, o que o Governo tem recusado.
O Novo Banco é o banco de transição que ficou com os ativos menos problemáticos do Banco Espírito Santo (BES), alvo de uma intervenção das autoridades em 03 de agosto de 2014, e que está em processo de venda.
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