Livro de Cavaco "oscila entre arrogo biográfico e delação intriguista"
Carlos César trata com ironia o livro de Cavaco Silva, com particular atenção para a questão dos Açores.
© Global Imagens
Política Carlos César
Cavaco Silva apresentou ‘Quinta-feira e outros dias’, a primeira parte de uma autobiografia sobre o período em que foi Presidente da República.
Esta primeira parte versa em particular os anos em que Cavaco Silva conviveu com o Executivo de José Sócrates, num mandato que ficou também marcado pela comunicação ao país de Cavaco Silva sobre o Estatuto de Autonomia dos Açores.
Carlos César, atual presidente dos socialistas, foi presidente do Governo Regional dos Açores até perto do final de 2012. As divergências de então não se encontram desatualizadas. Num comentário no Facebook, o deputado socialista afirma mesmo que o livro de Cavaco Silva “oscila entre o arrogo biográfico e a delação intriguista”.
Na rede social, Carlos César afirma que fez uma pausa na leitura que estava a fazer de uma biografia de Salazar, da autoria de Franco Nogueira, para, “por causa das notícias” e sem “mudar o género”, de se dedicar à leitura “por alto, [de] um capítulo do livro de Cavaco Silva sobre ele próprio.
“Como em todas os ajustes que se baseiam no rancor, a razão é toldada, a memória é traída e os factos são subvertidos”, escreve Carlos César, realçando que no capítulo que leu, precisamente sobre os Açores, Cavaco chama "cobardes" aos deputados da Assembleia da República no caso da votação do Estatuto de Autonomia dos Açores - “veremos se algum se confessa”.
“Se me criticam por defender excessivamente os Açores, pouco me importa. Se algum dia tiverem razão para me criticarem por não o ter feito, então muito me envergonharei”, diz ainda, afirmando também que: “De Autonomia dos Açores o Presidente Cavaco Silva nunca entenderá. Fará sempre parte do lado de lá de um muro que tanto se esforçou por construir”.
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