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Acordo Ortográfico: "Costa devia ponderar recuo. Era ato de inteligência"

Joaquim Jorge acredita que “a esmagadora maioria da população portuguesa não se revê neste Acordo Ortográfico que está mal feito”.

Acordo Ortográfico: "Costa devia ponderar recuo. Era ato de inteligência"
Notícias ao Minuto

10:20 - 10/02/17 por Notícias Ao Minuto

Política Joaquim Jorge

�Não chega aperfeiçoar o Acordo Ortográfico (AO) e introduzir melhorias, é importante rejeitar”.

A posição é do fundador do Clube dos Pensadores, que considera que “é importante reabrir o debate e a discussão do tema”.

“Este acordo residiu unicamente na teoria economicista e beneficiou o Brasil. Sou português, gosto muito da minha língua e recuso-me a escrever como não aprendi na escola. A diversidade da nossa língua é uma mais-valia e enriquecimento cultural”, defende num texto de opinião veiculado ao Notícias ao Minuto.

Joaquim Jorge diz ainda que não tem problemas em perceber o português de outros países. E dá mesmo como exemplo outras línguas.

“Veja-se a beleza da língua espanhola quer em Espanha, quer em Cuba, quer na Venezuela, passando pelo Chile, etc. Nunca houve uma imposição para todos esses países que falam espanhol”, escreve, acrescentando ainda que “a vivacidade do inglês está nas suas variantes e em não haver regras rígidas”.

Pela sua parte, Joaquim Jorge assume que, da mesma forma que no Brasil se continuará a escrever cômico em vez de cómico, ou judô e não judo, também ele irá manter a escrita das palavras como a aprendeu. “Esse manancial de vivências faz parte da minha vida intelectual e do meu enriquecimento humano”, sublinha.

“Não me podem obrigar a adoptar uma ortografia que não se justifica e não é uma necessidade premente. Podem ser simplificadoras mas não são uma necessidade de uso”.

O fundador do Clube dos Pensadores deixa ainda uma ‘achega’ ao Governo e à Presidência da República.

“O Governo de António Costa, que já fez inúmeras alterações na educação, deveria ponderar um recuo neste Acordo Ortográfico. Seria um acto de inteligência, de liberdade individual e de liberdade de escrita. E, com a ajuda de Marcelo Rebelo de Sousa, isso pode acontecer…”, sugere.

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