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PCP fala em "pele de diabo" e Bloco aplaude "cambalhota" do PSD

O PCP criticou hoje o taticismo do PSD no encerramento da apreciação parlamentar sobre a redução da Taxa Social Única, acusando os sociais-democratas de vestirem a "pele de diabo", enquanto o BE aplaudiu a "cambalhota a favor dos trabalhadores".

PCP fala em "pele de diabo" e Bloco aplaude "cambalhota" do PSD
Notícias ao Minuto

18:31 - 25/01/17 por Lusa

Política Parlamento

"Como um relógio parado, que não funciona, dá horas certas duas vezes por dia, às vezes, quando o PSD se engana, acaba por dar aquilo que é certo aos portugueses. Sempre é melhor dar uma cambalhota a favor dos trabalhadores. Mais cambalhotas destas e cá estaremos para assistir e bater palmas", congratulou-se o líder parlamentar bloquista, Pedro Filipe Soares, recordando a postura anterior do PSD de prometer não aumentar impostos ou cortar pensões e depois fazer o contrário enquanto Governo, junto com o CDS-PP.

O deputado do BE referiu ter ficado "claro que o PSD votaria contra o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN)", durante o debate em que os sociais-democratas votaram ao lado de BE, PCP e PEV, enquanto CDS-PP e PAN se abstiveram e o PS votou contra a cessação do diploma governamental, permitindo assim que o novo valor de 557 euros permaneça sem estar acoplado à baixa de 1,25 pontos percentuais nas contribuições das empresas para a segurança social por cada trabalhador.

Pedro Filipe Soares, embora frisando que o SMN não estava em debate, congratulou-se pelo acordo alcançado com o PS de atingir os 600 euros de valor mínimo em 2019, com aumentos progressivos.

"O PSD, à falta do diabo que nunca mais chega, resolveu vestir-lhe a pele e votar contra a baixa TSU [Taxa Social Única]", ironizou o líder da bancada comunista, João Oliveira, rotulando a atitude dos protagonistas do anterior executivo como mero "taticismo", uma "troca de casaca com o objetivo de atacar o aumento do SMN".

O deputado do PCP recusou a ideia sugerida pela oposição de haver partidos que "andam à arreata" (corda ou tira de couro para puxar animais) do PS, "como acontecia com o CDS na anterior coligação PàF (Portugal à Frente, PSD/CDS-PP)

"O PCP não prescinde da sua coerência e não será levado à arreata. Não aceitamos moedas de troca pelo SMN, não abandonamos a luta pelos 600 euros", prometeu João Oliveira, elogiando a clarificação da discussão: "não é a concertação social que decide sobre legislação laboral, é o Governo" e "ganham os trabalhadores e a justiça".

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