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"Com pouco mais para destruir, coligação das esquerdas está esgotada"

Carlos Carreiras elogia Passos Coelho, a quem atribui “virtudes” como sentido de Estado, coragem na ação e resultados”.

"Com pouco mais para destruir, coligação das esquerdas está esgotada"
Notícias ao Minuto

23:42 - 19/01/17 por Goreti Pera

Política Carlos Carreiras

Carlos Carreiras escreve, num artigo publicado no site do PSD, que “uma parte do país está mais preocupada com o estilo de oposição do PSD do que com a desgoverno do PS e dos seus companheiros de viagem”.

O presidente da Câmara de Cascais é crítico em relação ao PS – que, diz, define a ação do Governo “por oposição à oposição” – e tece rasgados elogios ao PSD de Passos Coelho, que considera “representar muitas das virtudes que os portugueses valorizam e que as lideranças das esquerdas tentam cultivar mas são incapazes de produzir: sentido de Estado, coragem na ação e resultados”.

“A frente de esquerda existe mais por oposição a Pedro Passos Coelho e ao PSD do que por uma agenda própria. Repare-se que o próprio documento facilitador da união das esquerdas é um menu de reversões e revogações das medidas do anterior governo”, afirma Carlos Carreiras.

Em referência à TSU – que tanto tem dado que falar nos últimos dias – o social-democrata considera serem “absurdos os exercícios de contorcionismo [dos comentadores] para em tudo encontrar razão para criticar o PSD.”

“Então António Costa dá baile à Concertação Social e inventa um acordo (uma ‘vaca que voa’ na ‘feira de gado’, para usar a terminologia socialista) que sabe desde a primeira hora que não pode cumprir, e a culpa é do PSD? Então o BE e o PCP querem comer a carne do lombo (fazendo chantagem com o valor do salário mínimo) sem ter de lhe roer os ossos (encontrar formas de financiar a medida), e a culpa é do PSD? Então o Governo que tem, afincada e zelosamente, recusado qualquer tentativa de negociação sobre os assuntos estruturantes do país, tem a lata de dizer que a culpa de não haver acordo é do PSD?”, questiona.

Já no que toca ao ano que passou – com o PS à frente dos destinos do país – Carlos Carreiras mostra-se pouco otimista, especialmente no que toca ao crescimento da economia, aos juros da dívida, ao Estado Social, ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), aos transportes públicos e à banca.

“O PS credita que os portugueses são demasiado tontos para comprar a sua narrativa ou então o seu cinismo não tem limites”, analisa, em tom crítico, mostrando-se convicto de que, “com pouco mais para destruir, coligação das esquerdas está esgotada”.

“Com um ano de poder, já vimos que com este Governo não vamos lá. A palavra dada pode ser muita coisa, mas honrada é que não é”, remata o coordenador autárquico nacional do PSD.

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