CGD: PS recusa "abandalhamento" da comissão
O PS mostrou-se hoje contra um eventual alargamento do objeto da comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD), como pediram PSD e CDS-PP, declarando os socialistas não alinharem no "abandalhamento" dos trabalhos.
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Política Galamba
"As comissões de inquérito existem, com objetos definidos, esta está em curso, foi definida pelo PSD. Deixemos esta comissão decorrer com este objeto definido. Se estamos sempre a tentar alargar o objeto, é transformar a comissão de inquérito numa comissão sem objeto definido que pode ser alargada mediante as conveniências políticas de algum partido", assinalou João Galamba, porta-voz do PS.
O deputado socialista falava aos jornalistas no parlamento num dia em que se soube que PSD e CDS-PP querem alargar o objeto da comissão parlamentar de inquérito à CGD, propondo que os trabalhos abarquem também o processo de reestruturação e recapitalização do banco.
"O PS já disse várias vezes que não alinha no abandalhamento da comissão de inquérito", frisou Galamba, para quem mudanças de objeto por "conveniência política" não terão o apoio do PS.
Mais a mais, uma permanente mudança e alteração do objeto transformaria uma comissão de inquérito numa comissão permanente, o que não é desejável, concretizou.
"Quem quiser impedir este alargamento do objeto só pode ter um objetivo: esconder dos portugueses o que está a acontecer na CGD", havia vincado antes o coordenador do PSD na comissão de inquérito, Hugo Soares, que falou em conferência de imprensa no parlamento ao lado do coordenador do CDS-PP, João Almeida.
No texto em que é pedido o alargamento do objeto dos trabalhos, e que será hoje entregue ao Presidente da Assembleia da República, é referido pelos partidos que "desenvolvimentos muito importantes ocorreram" desde o começo dos trabalhos, e sem o "conhecimento aprofundado" dos mesmos os trabalhos ficariam prejudicados "de forma muito relevante".
João Almeida, do CDS, lembrou que "este Governo já vai para a terceira administração da CGD em menos de um ano", e assinalou que os trabalhos da comissão de inquérito têm corrido serenamente, pretendendo-se agora questionar não "atos de gestão" mas sim as "iniciativas do acionista".
Ambos os deputados lembraram a "diferença da possibilidade de escrutínio" que uma comissão de inquérito oferece por comparação com uma tradicional comissão parlamentar, como a de Orçamento e Finanças.
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