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Nota de pesar de Marcelo sobre George Michael é "deslocada e ridícula"

Para Miguel Sousa Tavares, a "hiperatividade" de Marcelo "não é saudável" e pode ser-lhe um dia "prejudicial"

Nota de pesar de Marcelo sobre George Michael é "deslocada e ridícula"
Notícias ao Minuto

20:57 - 26/12/16 por Notícias Ao Minuto

Política Notícias

Miguel Sousa Tavares comentou, em jeito de balanço de final de ano, a Presidência da República. Na ótica do comentador, tem sido uma Presidência "boa" e "próxima das pessoas".

"Não direi que tem sido notável porque acho que o cargo é fácil", sublinhou na antena da SIC, frisando que "viemos de um antecessor que complicou e sacralizou um bocado a função". E é a "dessacralizar o cargo" aquilo que Marcelo tem feito melhor. "Mostrar que não é um ser que tem de estar fechado em Belém, a promulgar decretos-lei. Estava muito bem preparado para ser Presidente", destacou.

Contudo, há um 'mas'. Sousa Tavares faz parte do grupo de pessoas que não vê com bons olhos o facto de o Presidente da República "emitir opiniões todos os dias". Concretamente sobre a nota de pesar sobre a morte de George Michael, Sousa Tavares disse ter sido "deslocado e ridículo".

"Como também acho ridículo que inaugure padarias e que se pronuncie sobre uma companhia de teatro [Cornucópia]", disse, lembrando aquilo que "alguém escreveu com graça": "Marcelo tem a aprovação de 99% dos portugueses e não descansa enquanto não conquistar o 1% que lhe falta".

O comentador considerou, por isso, que o estilo de Marcelo pode um dia voltar-se contra o próprio. "A grande diferença entre Marcelo o comentador e Marcelo o Presidente é que antes o ouvíamos uma vez por semana e agora todos os dias. E também não acho que ninguém tenha de ter uma opinião todos os dias, não acho saudável. Acho que é uma hiperatividade que um dia pode ser prejudicial ao Presidente, no dia em que precisar de marcar uma diferença", considerou o Sousa Tavares.

Sobre as relações entre o Presidente Marcelo e o primeiro-ministro António Costa, até aqui, Miguel Sousa Tavares antecipa que "o futuro não há-de ser sempre de rosas, de lua de mel. E nessa altura, vamos ver se este Marcelo tão popular consegue também transformar-se num Marcelo institucional", atirou.

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