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"Autárquicas serão muito mais importantes para o PSD do que para o PS"

Joaquim Jorge faz uma análise ao ano prestes a terminar, analisando temas desde a governabilidade do atual Governo até às eleições autárquicas do próximo ano, passando pela Operação Marquês, cujo desfecho está para breve.

"Autárquicas serão muito mais importantes para o PSD do que para o PS"
Notícias ao Minuto

14:55 - 26/12/16 por João Oliveira

Política Joaquim Jorge

Num artigo de opinião escrito para o Notícias ao Minuto, Joaquim Jorge faz uma análise ao ano prestes a terminar, ano esse que ficará desde logo marcado pela eleição de Marcelo Rebelo de Sousa, “um presidente erudito e popular, que tanto é recebido pela rainha de Inglaterra, como visita o bairro da Cova da Moura”.

Foi também o ano que assistiu a uma solução governativa inédita no país e que ainda hoje se mantém, “de pedra e cal e tudo leva a crer que se manterá na sua plenitude”.

Há, no entanto, outro marco político a aproximar-se: as eleições autárquicas. Sobre o tema, o fundador do Clube dos Pensadores diz ser “mais importante para o PSD do que para o PS”, visto que, na sequência dos resultados, “não deixará de ser feita uma leitura da capacidade de liderança de Pedro Passos Coelho e será o rastilho para colocar em polvorosa o PSD”.

Outra data a ter em conta, sublinha Joaquim Jorge, é o desfecho da Operação Marquês que envolve, entre outros, o antigo-primeiro-ministro José Sócrates. Num espaço de dois meses, haverá uma acusação ou o caso será arquivado, e o resultado irá ditar “a credibilidade da justiça em Portugal”.

Caso se confirme uma acusação a Sócrates pelos alegados crimes de branqueamento de capitais, diz, “é uma péssima imagem para Portugal. Ter tido um ex-primeiro-ministro preso e a seguir confirmadas as acusações com provas”. Por outro lado, se o caso acabar arquivado, “será com certeza o fim da pouca credibilidade que tem o poder judicial em Portugal, afetará, para além, do sistema judicial, o sistema político português”.

“A corrupção tem e deve acarretar consequências, a começar por quem é membro do governo. Os juízes e magistrados devem atuar sem contemplações. O nosso sistema político não pode branquear a corrupção por eleições. A corrupção não pode ser branqueada, ou ser passada por cima, por qualquer afeto popular que exima responsabilidades. As leis existem para ser aplicadas. Ninguém que foi eleito ou reeleito deve poder saldar as suas responsabilidades”, conclui o artigo de Joaquim Jorge escrito para o Notícias ao Minuto.

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