"Acordo é para mostrar a quem?", critica José Soeiro
Deputado bloquista congratula subido do salário mínimo nacional mas critica duramente restantes medidas presentes no acordo de concertação social.
© Reuters
Política BE
José Soeiro recorreu esta quinta-feira às redes sociais para tecer duras críticas ao acordo entre Governo e parceiros sociais apresentado no mesmo dia por António Saraiva, ao cabo da segunda reunião da Concertação Social realizada esta semana.
Para o deputado do Bloco de Esquerda o “único elemento positivo” no acordo de concertação social é a fixação do salário mínimo nos 557 euros a partir de 1 de janeiro, um entendimento que “não resulta da concertação social, mas das negociações à esquerda”, escreve Soeiro na sua página de Facebook.
“Tudo o resto é muito mau”, atira, começando pela proposta de redução da TSU para as empresas. José Soeiro descreve a medida como um desvio de “mais de 60 milhões de euros dos contribuintes para os bolsos dos patrões”, ou seja, “um abuso sem qualquer razoabilidade”.
Outro ponto criticado por Soeiro é o prolongamento de medidas como “cortes no pagamento das horas extraordinárias, das compensações por caducidade ou despedimento ou da redução de férias” significa “negar a continuação da recuperação de rendimentos”.
“Os patrões não querem que se mexa nisso? Pois não. Mas são eles que o Governo representa?”, questiona o deputado.
José Soeiro sublinha, ainda, que a falta da assinatura da CGTP não permite que o acordo seja definido como um acordo entre os parceiros. “Assinar um acordo sem a principal organização sindical significa o quê? É para mostrar a quem?”, indaga.
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