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Sobe e desce. Como correu o ano dos políticos aos olhos dos portugueses?

A popularidade dos líderes políticos 'sobe e desce' perante governos, mudanças e decisões. Sendo um índice fundamental para perceber a evolução de como as pessoas veem a classe política, o Notícias ao Minuto fez uma análise do que aconteceu ao longo do ano.

Sobe e desce. Como correu o ano dos políticos aos olhos dos portugueses?
Notícias ao Minuto

07:00 - 31/12/16 por Inês André de Figueiredo

Política 2016 em revista

2016. O ano em que a ‘Geringonça’ cimentou a sua posição enquanto Governo do Partido Socialista apoiado por uma maioria parlamentar de Esquerda, fica marcado também pela tomada de posse do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa e ainda pela mudança de liderança no CDS-PP. Os três marcos na liderança política do ano que agora termina foram analisados pelas sondagens mensais. Mas como foi o ‘sobe e desce’ da popularidade dos líderes políticos portugueses?

Do Presidente com 'negativa' ao 'professor mais popular' de sempre

Cavaco Silva deixou a Presidência da República em março de 2016. Nesse mesmo mês a sua popularidade foi avaliada, pela sondagem do Expresso e da SIC, com um saldo negativo de 14,1 pontos percentuais, sendo que 40,8% dos inquiridos deram nota ‘negativa’ a Cavaco.

Por outro lado, num polo oposto, Marcelo estreou-se nas sondagens no mês de abril com um valor de popularidade imponente. O social-democrata conseguiu níveis de popularidade difíceis de atingir na política, com um saldo de 55,5 pontos, tendo em conta que 68% das respostas foram positivas.

Costa, o primeiro-ministro que só sobe… e nunca desce

A tomada de posse de António Costa como primeiro-ministro, com o apoio de uma inédita maioria parlamentar à Esquerda, deu-se no fim de novembro de 2015. Desta forma, 2016 foi o ano das provas dadas, da necessidade de pôr fim a incertezas e medos e o socialista não falhou.

O chefe do Executivo começou o ano com um saldo de popularidade fixado nos 16,4 pontos, com 36,1% dos inquiridos a darem-lhe nota positiva. E o ano foi uma consolidação da sua posição como primeiro-ministro, tendo sempre conseguido crescer em termos de popularidade e acabando 2016 com um saldo de 31,9 pontos.

'No carrossel laranja', Passos só desceu no fim do ano

Pedro Passos Coelho começou com níveis de popularidade muito baixos, fixados em 4,1 pontos, mas acabou por recuperar ao longo do ano, sempre com um crescimento consolidado e que alcançou os 16,8 pontos em novembro.

Porém, em dezembro, o líder social-democrata desceu 2,2 pontos e fixou-se nos 14,6 pontos de saldo positivo, a única descida do ano.

Numa análise comparativa entre o início e o fim do ano, é visível que em janeiro Passos era o líder partidário com menos popularidade e que, no fim do ano, passou para o segundo lugar, logo atrás de António Costa.

De Portas para Cristas, a passagem de testemunho que pouco rendeu

Foi no mês de março que Paulo Portas se despediu da liderança do CDS-PP, entre lágrimas e aplausos no último discurso e depois de 15 anos à frente dos centristas. O icónico líder abriu as ‘portas’ a Assunção, mas a popularidade não veio com a passagem de testemunho do ‘mestre’.

Se Portas estava numa ‘onda’ de crescimento em termos de popularidade, com um saldo de 15,5 em março, Cristas entrou a perder com 11,1 pontos no seu primeiro mês de avaliação. Entre altos e baixos, a líder centrista andou sempre por volta dos 10 pontos, umas vezes abaixo e outras acima, mas nunca consolidando o seu crescimento.

À Esquerda, há um 'alto e baixo' entre Catarina e Jerónimo

Catarina Martins e Jerónimo de Sousa tiveram um ano de ‘altos e baixos’ na popularidade que, na maioria dos casos, caminhou em sentidos opostos.

A líder do Bloco de Esquerda era, nos primeiros meses do ano, a segunda líder partidária mais popular, tendo alcançado pontuações muito próximas de António Costa. Aliás, durante os primeiros seis meses, a bloquista só ficou em terceiro no mês de março, altura em que Portas assegurou a segunda posição.

Todavia, a segunda metade do ano trouxe grandes descidas para Catarina Martins, encontrando-se, no mês de dezembro, na última posição da tabela dos líderes mais populares, com um saldo positivo de 8,8 pontos.

Já Jerónimo de Sousa teve um percurso bastante diferente e repleto de ‘sobes e desces’. O líder comunista teve pontuações baixas no início do ano, mas acabou por recuperar a popularidade, tendo alcançado um saldo de 14,1 pontos em outubro, mas terminando o ano com uma queda que se fixou nos 10,3 pontos.

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