Joaquim Jorge aproveitou a quadra natalícia para enviar uma ‘carta’ ao Pai Natal onde pede “várias presentes” para o país.
Isto porque, “Portugal é um país adorável que tem tudo o que uma pessoa pode desejar: gente bonita, boa comida, muito sol, mar, paisagens magníficas, as quatro estações do ano, entre outras coisas. Mas, infelizmente ‘não há bela sem senão’ - é muito mal frequentado”.
Um comentário motivado por notícias sobre diversos “casos de corrupção na política portuguesa e [protagonizados por] quem exerce cargos públicos”, mas também por uma sociedade civil que diz desinteressada.
“Os cidadãos mais parecem nem-nem (nem querem saber nem lutam)”, lamenta o fundador do Clube dos Pensadores num artigo de opinião enviado ao Notícias ao Minuto.
Para mudar esta situação, e porque “o país precisa de se reiniciar como se faz num computador”, fica uma lista de oito “presentes” a pedir ao Pai Natal este ano:
- Separação dos partidos do Governo;
- Fim dos ‘jobs fo the boys’ nas filiais partidárias: “Os partidos não podem ser uma agência de empregos. Acaba com isto [Pai Natal]”;
- Uma mudança no funcionamento da nossa democracia;
- Uma auditoria à democracia: “era importante os portugueses saberem quanto custa a nossa democracia”;
- Uma Justiça “igual para todos, célere e consequente”;
- Um “emagrecimento brutal” da classe política, com o fim de “mordomias, pensões vitalícias e um Estado gastador e gordo”;
- Uma nova política para o séc. XXI, “demarcando-se dos vícios da velha política”;
- Políticas baratas. A campanhas eleitorais e financiamento partidário ficam “muito caros ao erário público”;
Termina Joaquim Jorge a lista de pedidos dizendo: “Apesar da minha idade, ainda, quero acreditar no Pai Natal”.