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CGD: Nova administração é uma notícia "esplêndida" e um "virar de página"

Francisco Louçã comentou, na antena da Sic Notícias, as mais recentes novidades da "novela" Caixa Geral de Depósitos. Na sua opinião, a nomeação de uma nova administração é uma boa notícia e uma vantagem para o Governo. Mas, avisa, Macedo tem pela frente desafios difíceis.

CGD: Nova administração é uma notícia "esplêndida" e um "virar de página"
Notícias ao Minuto

23:35 - 02/12/16 por Notícias Ao Minuto

Política Francisco Louçã

Francisco Louçã está convencido que a escolha de uma nova administração para a Caixa Geral de Depósitos, presidida por Paulo Macedo, deverá corresponder ao "terminar da novela" dos últimos meses e que, "por si só, pode ser um virar de página".

"Esplêndida notícia. Grande vantagem para o Governo porque consegue três feitos importantes", disse o comentador, explicando por que razão António Costa saiu a ganhar desta operação. "Primeiro, resolve numa semana, como o primeiro-ministro tinha prometido. Segundo, tem facilmente o acordo do Banco Central Europeu que é um administrador cuja idoneidade já foi declarada pelas entidades de supervisão. Não tem nenhum problema de registo de património, esse assunto acabou definitivamente", detalhou Louçã.

Mas nem tudo serão rosas. O antigo líder do Bloco de Esquerda entende que Paulo Macedo "tem dois desafios difíceis". O primeiro, é um desafio político. "António Domingues era um gestor que vinha de uma carreira bancária, Paulo Macedo vem de uma vida política, também com uma grande experiência bancária, mas onde se destacou especialmente foi como ministro da saúde de Passos Coelho e Paulo Portas". E isso, sublinhou, "tem imediatamente uma leitura política, que a administração anterior procurava evitar, retirar a caixa desse mapa político". E é por isso que, considerou, "há uma grande reserva e frieza dos partidos de esquerda em relação a esta escolha".

Contudo, a uma "dificuldade maior": "A sobreposição que há entre o plano de recapitalização que responde às necessidades financeiras e procura relançar a Caixa e as condições de reestruturação interna da sua operação que o BCE terá imposto de que não se conhecem grandes detalhes, a não ser uma ideia que é a Caixa deverá reduzir-se. Deve ficar mais pequena na relação com os imigrantes portugueses (França e Espanha), nas relações internacionais, e porventura, em Portugal".

Para Louçã, continuar a reduzir-se um banco público que já perdeu um terço da sua operação "é problemático". Quanto à administração cessante, "ficou muito claro porque colapsou".

No entendimento do economista, a apresentação da argumentação jurídica da anterior administração perante o TC "é a confirmação inteira da inviabilidade e da inviabilização pela própria administração do seu mandato". Uma administração que "entrou diretamente no debate político" ao exigir um estatuto diferente para si própria, "não pode depois apelidar a polémica pela qual passou de "turbilhão politicamente instrumentalizado", considerou ainda.

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