Hoje é dia 1 de dezembro e, após uns anos de interregno, a data volta a ser sinónimo de feriado.
Assunção Cristas, líder do CDS, foi uma das figuras da política nacional que marcou presença nas cerimónias.
No Facebook, a centrista deu conta desse mesmo facto, salientando ainda que foi positivo o feriado em causa ter sido restaurado. Curiosamente, foi durante o Governo PSD/CDS que Cristas integrou que o feriado esteve suspenso, numa suspensão que foi defendida na altura como parte da estratégia de Portugal para sair da crise.
O caso, no entanto, não é lapso algum, já que a líder centrista faz a distinção entre os que restauraram “a independência financeira do país” (no que podemos ver como uma referência ao governo de que fez parte) e os que “restauram o feriado”, lamentando que “ não possam ter sido os mesmos”.
“Iniciei o dia nas cerimónias da restauração da independência de Portugal. Data maior, sem a qual nenhuma das outras celebrações do nosso país teria lugar. É bom ter sido possível restaurar este feriado e saúdo todos os que se empenham na valorização deste dia. Uns restauram a independência financeira do país. Outros restauram o feriado. Pena que não possam ter sido os mesmos. Bom feriado!”, escreveu Assunção Cristas no Facebook.
O feriado da Restauração da Independência é data simbólica no calendário nacional desde 1640. Quando em 1910 Portugal passou de monarquia a República, os feriados religiosos foram interrompidos e apenas um dos feriados do tempo da monarquia se manteve, precisamente o 1 de Dezembro.
O feriado manteve-se durante os primeiros anos de República, durante o tempo do Estado Novo de Salazar e igualmente já na democracia do pós-25 de Abril. Esteve suspenso durante os últimos três anos, tendo sido recuperado este ano pelo Executivo de António Costa.