Em declarações aos jornalistas no final dos trabalhos da manhã do segundo dia do XIX Congresso do PS, Seguro afirmou sentir-se "revigorado" com os discursos proferidos por António Costa e "todos os congressistas".
"Sou um secretário-geral muito satisfeito porque temos um congresso virado para o país, que representa um partido unido, mobilizado e a fazer aquilo que é exigido na política, responder aos problemas dos portugueses", referiu.
Questionado sobre se as eleições autárquicas serão uma "prova de vida", o líder socialista respondeu que não e frisou que a sua candidatura "é a primeiro-ministro de Portugal" e a sua responsabilidade "é dar razões aos portugueses para que tenham confiança no PS".
"Ter confiança no PS significa ter confiança no projecto, na alternativa, nas propostas e, obviamente, na liderança", acrescentou.
Já interrogado sobre a necessidade de reforçar a sua liderança, António José Seguro respondeu: "Isto é um caminho e nos caminhos há momentos bons e momentos menos bons, eu tenho uma grande confiança e a minha responsabilidade é de oferecer uma alternativa".
O secretário-geral do PS disse basear a sua confiança pelo seu contacto próximo com os portugueses.
"Eu escuto os portugueses, porque estou a seu lado e sei que as propostas que apresentamos vão ao encontro dos seus anseios e preocupações, essa é a minha grande responsabilidade, quanto ao resto sou um líder tranquilo, durmo descansado", reforçou.
Ao abandonar a sala de congressos do Europarque para o período de almoço, e após ter cumprimentado vários camaradas de partido, brincou com um dos jornalistas que o esperavam para fazer perguntas, pegando no seu microfone e fazendo o papel de repórter de televisão.
"Posso fazer uma perninha? O que é que pensa, vai falar aos delegados, vai falar aos congressistas? Não está a responder à minha pergunta", afirmou bem-humorado dirigindo-se ao mesmo jornalista.