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Açores: PPM alerta para "perigo real de concentração de votos" no PS

O líder do PPM, Paulo Estêvão, alertou hoje para "o perigo real de uma concentração de votos" no PS, nas eleições de domingo nos Açores, inviabilizando uma fiscalização ao executivo pela oposição, que ficam de "mãos atadas".

Açores: PPM alerta para "perigo real de concentração de votos" no PS
Notícias ao Minuto

13:28 - 14/10/16 por Lusa

Política Eleições

"Isto é um perigo real. As pessoas no domingo poderão aperceber-se desta situação. O PS pode estar a menorizar a situação a dizer que não isto não é verdade. É verdade e existem grandes probabilidades que isto venha a acontecer e faço um último apelo à população dos Açores para impedir uma concentração de poder", afirmou o também cabeça de lista do PPM pelo Corvo, em declarações à agência Lusa.

O candidato referia-se a "uma sondagem que dava uma maioria de 2/3 ao PS", dizendo que circulam outras sondagens que "não estão a ser publicadas, mas que também apontam para uma maioria de 2/3 do PS".

"É uma maioria que permite ao PS alterar a lei eleitoral sozinho, permite alterar o próprio Estatuto-Político Administrativo da região, blindar e impedir a formação de comissões de inquérito sobre diferentes matérias e alterar profundamente o regimento e atribuir os tempos de intervenção ou direitos de oposição muito mais diminuídos", alertou.

Perante este eventual cenário, considerou que "os partidos da oposição ficam pura e simplesmente de mãos atadas e sem capacidade de fiscalização a partir do momento em que se concretizar uma maioria de 2/3".

Além disso, "mais grave do que isso é que essas regras como têm que ser alteradas com a maioria de 2/3, poderão depois eternizar-se no sistema político açoriano e causar graves problemas à fiscalização e ao nosso sistema".

No último dia de campanha eleitoral, o cabeça de lista pelo Corvo, que falou ao telefone com a Lusa a partir desta ilha, defendeu que é fundamental que a tal "concentração de votos num único partido não aconteça".

"Não é benéfico para o sistema político açoriano, não é benéfico para as pessoas e nem para o próprio PS contar com um poder tão grande e tão desmedido no sistema político e ficar imune a qualquer tipo de fiscalização".

Paulo Estêvão, que hoje visitou a delegação do parlamento dos Açores, no Corvo, frisou que na eleição de domingo está em causa a eleição dos deputados que levem até ao parlamento temas e assuntos de cada uma das nove ilhas.

O líder do PPM, aproveitou para agradecer "o apoio enorme dos candidatos, militantes e simpatizantes" nas oito ilhas onde o PPM concorre, dizendo que foi feito "um esforço tremendo", tendo em conta a dimensão do partido.

Para a votação de domingo estão inscritos 228.160 eleitores que vão escolher os 57 deputados à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores para os próximos quatro anos.

Treze forças políticas apresentam-se a votos, mas nem todas concorrem nos dez círculos eleitorais. Apenas aos círculos de São Miguel, que elege 20 deputados, e de compensação, que elege cinco, concorrem todas.

Nas últimas eleições regionais, realizadas a 14 de outubro de 2012, a abstenção foi de 52,1 por cento.

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