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Orçamento para 2017 "é uma verdadeira espargata política"

Santana Lopes e António Vitorino comentaram, no habitual espaço de comentário na SIC Notícias, a preparação do Orçamento do Estado para 2017. Social-democrata e socialista vêem neste Orçamento uma manobra complicada que, dificilmente, deixará satisfeitas todas as partes envolvidas.

Orçamento para 2017 "é uma verdadeira espargata política"
Notícias ao Minuto

23:52 - 11/10/16 por Notícias Ao Minuto

Política Santana Lopes

Santana Lopes afirmou na antena da SIC Notícias que o Orçamento do Estado é uma "verdadeira espargata política" e que "alguém vai ficar desconsolado" com aquela que vier a ser a versão final do documento.

Ironizando com o facto de sexta-feira ser dia de Euromilhões e ser também o dia em que se ficará a conhecer o Orçamento do Estado, o Provedor da Santa Casa disse que "quem acertar na versão final do OE deveria ganhar um prémio gordo".

"Este Orçamento é a verdadeira espargata política em matéria de orçamento", considerou, sublinhando, que o primeiro-ministro "foi aprender a paciência à China, também deve ter ganhado novos atributos em matéria de ginástica".

A dificuldade prende-se, identificou o social-democrata, com as exigências dos partidos que sustentam o Governo, nomeadamente, a dos comunistas em aumentar as pensões em 10 euros e a exigência do Bloco de Esquerda, entre outras, para que a sobretaxa do IRS termine logo a janeiro de 2017.

"Alguém vai ter que ficar desconsolado, ou a União Europeia, ou Partido Comunista, ou o Bloco. Neste momento, se houver prémio Nobel da ginástica, deve ser dado ao primeiro-ministro que conseguir fazer esta espargata sem nenhuma distenção muscular e sem ferir ninguém que esteja à volta", rematou. 

Por sua vez, António Vitorino considerou que "há muito ruído mas sabemos pouco" daquilo que vai ser o Orçamento do Estado. No entendimento do socialista, "a gestão mediática deste processo tem sido bastante caótica" e tem contribuído para que haja ansiedade.

Vitorino afirmou que o "dilema não é diferente do 2016", uma vez que Portugal tem que cumprir os compromissos europeus, mas reconhece que "a margem de manobra não é larga". "E do outro lado temos as reinvidicações do PCP e do BE em função dos compromissos que foram assumidos", sublinha, argumentando que há "razões para haver muito interesse em saber como é que se vai fazer esta quadratura do círculo".

Em todo o caso, frisou, na sexta-feira já ficaremos a conhecer os números do Orçamento e já poderemos "discutir as opções políticas do Governo". Independentemente de tudo, e das opções ideológicas, os dois comentadores concordaram que o crescimento económico é uma fraqueza do país a que o Governo deveria ter especial atenção, até porque sem crescimento, não haverá investimento privado no país.

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