Marques Mendes em contradição? "Tenho um enorme orgulho no que defendi"
O comentador tem sido acusado de assumir uma posição contraditória face à que defendeu em 2005 sobre o sigilo bancário.
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Política Notícias
Marques Mendes aproveitou o seu espaço de antena na SIC para esclarecer uma polémica sua que surgiu esta semana. Num vídeo de um discurso seu em 2005, o então presidente do PSD defendeu a lei do sigilo bancário, contrapondo-se assim com o que tem defendido recentemente.
Inclusive, na sexta-feira, Francisco Louça confrontou o comentador com as suas diferentes posições, afirmando que há 11 anos o social democrata “propunha exatamente o mesmo”, era então Marques Mendes o líder do PSD.
“É daquelas matérias em que tenho um enorme orgulho naquilo que defendi”, começa por dizer sobre a controvérsia. “Em 2005 disse que tinha de haver em Portugal uma lei que quando houvesse desconfiança que alguém fugia aos impostos, se pudesse quebrar o sigilo bancário e verificar as suas contas”.
Contudo, quando propôs a lei, a mesma não foi aprovada, chumbada “na altura pelo CDS e pelo partido político de José Sócrates”.
“Mas quando deixei a vida política, fiquei satisfeito de saber que em 2008 ou 2009, a minha ideia foi consagrada numa lei, que é a lei que hoje em dia já existe e que permite que quando existem suspeitas de alguém fugir ao fisco, se quebre o sigilo bancário. Mas sempre com uma condição: Quando existe uma suspeita, sempre que exista desconfiança ou indicio. Ou seja, nunca de forma ilimitada para colocar toda a gente sobre suspeita”, esclareceu.
Reforçando ainda a posição que sempre defendeu, adiantou ainda que “se for preciso melhorar a lei que já existe, desde que a base seja a de haver uma suspeita, eu serei o primeiro a aplaudir”, concluiu.
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