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Bloco apresenta iniciativas em prol das pessoas com deficiência

O Bloco de Esquerda (BE) apresenta hoje um conjunto de iniciativas de defesa de pessoas com deficiência, naquela que será a primeira vez em que intervirá na tribuna do parlamento um deputado em cadeira de rodas.

Bloco apresenta iniciativas em prol das pessoas com deficiência
Notícias ao Minuto

06:43 - 07/10/16 por Lusa

Política Parlamento

A manhã de trabalhos da Assembleia da República é dedicada a uma interpelação do BE ao Governo com o mote "Políticas para a deficiência", e em debate estarão um conjunto de nove iniciativas que abarcam áreas como educação, transportes ou animais de assistência.

O BE apresenta as iniciativas num formato de projeto de resolução, pretendendo ver aprovadas recomendações ao Governo. Entre elas estão a isenção de propinas em licenciaturas e mestrados no ensino superior para pessoas com mais de 60% de incapacidade ou a recomendação de um subsídio para as despesas com cães de assistência.

Na quinta-feira, o deputado bloquista Jorge Falcato, que se move de cadeira de rodas, considerou uma vitória "com mais de 19 anos" de atraso o facto de hoje poder discursar no hemiciclo da Assembleia da República, graças à rampa de acesso instalada.

"É uma vitória, claramente uma vitória que foi adiada 19 anos. Existe lei de acessibilidade em Portugal há 19 anos, e só ao fim destes é que que a Assembleia [da República] está adaptada, ao fim de 19 anos é que se põe a hipótese de haver um deputado diferente dos outros", disse Jorge Falcato, consciente de que se não fosse o seu caso ainda a AR não estaria adaptada.

Falcato, acompanhado da líder do BE, Catarina Martins, visitou a sede da Associação Portuguesa de Surdos, em Lisboa, onde se inteirou dos problemas com que os surdos se deparam nomeadamente no acesso aos serviços públicos, escolas e acesso à saúde.

Catarina Martins lembrou que se está a excluir as pessoas com deficiência "do acesso pleno à democracia", adiantando que os seus problemas são "inúmeros", dando como exemplo o facto de uma pessoa surda ir ao médico de família e não ter interpretação em língua gestual por o seu médico não saber.

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