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PEV questiona Governo sobre futuro de ex-trabalhadores de estaleiros

O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) anunciou hoje que vai questionar o Governo sobre o futuro de ex-trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) atualmente inativos e que deixam de receber subsídio de desemprego em 2017.

PEV questiona Governo sobre futuro de ex-trabalhadores de estaleiros
Notícias ao Minuto

15:32 - 27/09/16 por Lusa

Política Viana do Castelo

"Vamos (...) questionar o Governo para saber que soluções o Governo pondera tomar com vista a evitar aquilo que pode ser ainda o agravamento de um drama social que se vive em Viana do Castelo com os trabalhadores a perderem o acesso ao subsídio de desemprego", afirmou hoje à Lusa José Luís Ferreira.

O deputado do Partido Ecologista, que falava em Viana do Castelo, no final de uma reunião com elementos da comissão representativa dos ex-trabalhadores dos ENVC, disse ter ficado "mais preocupado com a situação que os trabalhadores hoje estão a viver".

José Luís Ferreira revelou que as preocupações hoje transmitidas pela comissão representativa dos ex-trabalhadores dos ENVC, criada no início de setembro para discutir o seu futuro com forças políticas e agentes do poder, "exigem uma resposta do Governo".

"Estamos a falar de centenas de trabalhadores, que de um momento para o outro, e já basta o que lhes aconteceu de terem ficado sem trabalho, ficarem sem o subsídio", reforçou.

José Luís Ferreira defendeu que o cenário atual "vem mostrar que, de facto, há grandes negócios à volta dos estaleiros navais".

"Houve um esforço deliberado por parte de vários governos, não foi apenas um, no sentido de fazerem um caminho para que a privatização fosse o único cenário possível a seguir. Foi o que aconteceu", frisou.

Em 2014, quando os estaleiros foram subconcessionados à Martifer tinham 609 trabalhadores. O plano de rescisões amigáveis a que os trabalhadores foram convidados a aderir custou ao Estado 30,1 milhões de euros.

Em causa, segundo aquela comissão, está a situação "dos trabalhadores desempregados que, em 2017 estejam em condições de avançar para a reforma que irão sofrer demasiadas penalizações, como o fator de sustentabilidade de 13,34% e mais 12,75% por assinarem o acordo mútuo".

Os mais jovens "vão estar numa situação mais dramática e complexa porque vão ficar completamente sem nada".

"Ficam sem o subsídio de desemprego, não têm emprego e nem vão ter direito a apoios sociais", disse.

No final da reunião de hoje como o PEV realizada na sede da Junta de Freguesia de Monserrate, o porta-voz da comissão representativa dos ex-trabalhadores dos ENVC, António Ribeiro afirmou continuar a aguardar por resposta "aos pedidos de reunião enviados, no passado dia 14, a todos os partidos com representação parlamentar, ao ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e à Comissão Parlamentar do Trabalho e da Segurança Social".

"Vamos dar tempo até final da semana. Não havendo resposta, principalmente do ministro e da comissão parlamentar, iremos proceder a uma concentração com ex-trabalhadores", disse.

A comissão representativa dos ex-trabalhadores dos ENVC já se reuniu com o PCP e com o Bloco de Esquerda.

ABYC// JGJ

Noticias Ao Minuto/Lusa

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