"Diferenças entre a Direita e o PS não cessam de aumentar"
A deputada socialista vê grandes diferenças nas decisões políticas na pasta da Cultura entre a Direita e a Esquerda.
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Política Património
A socialista Gabriela Canavilhas comenta a governação socialista no que ao património e cultura diz respeito, concluindo que, cada vez mais, se acentuam as diferenças entre o PS e a Direita. Engrossando o texto publicado no site Ação Socialista, Gabriela Canavilhas elogia o facto de o Palácio da Ajuda vir a ser alvo de obras na fachada poente, "inacabada desde 1807".
"Acho mesmo que esta é a principal marca deste Governo: a capacidade de criar parcerias, redes de atuação conjunta, sinergias, cumplicidades", escreve Canavilhas sobre a união de esforços no projeto em causa. "A união de vontades derruba muros, vence barreiras e gera uma dinâmica mobilizadora, transversal às instituições, e, quem sabe, germinadora de uma atitude mais conciliadora na sociedade civil", frisa a socialista.
Daquilo que Canavilhas entende, foi graças, entre outras coisas, às "famosas taxas turísticas [as 'taxinhas'] criadas por António Costa (tão criticadas pela direita) que, mais de 200 anos depois, o [Palácio da Ajuda] "vai poder encontrar um final feliz".
Paralelamante, Canavilhas felicita o facto de se ter aprovado na semana passada o projeto-lei do PS que isenta de IVA doações de bens móveis a Museus da Rede Portuguesa de Museus. "Foi, por isso uma semana boa para o património cultural", acentua a deputada.
Há ainda um aspeto que não escapa à antiga ministra da Cultura, que diz respeito aos cargos da administração pública de topo da cultura, "todos eles escolhidos pela direita em 2013, para um prazo de cinco anos".
"Nesse processo, todos os Diretores Regionais de Cultura anteriormente nomeados pelo governo PS, foram banidos, afastados liminarmente", aponta, questionando-se de seguida: "Como decorrerá esta coabitação entre os braços diretos do Governo no terreno (todos escolhidos pelo PSD/CDS) e a tutela PS? Espero que aqui também a união de esforços prevaleça".
A socialista frisa ainda o facto de nos Teatros Nacionais o PS ter incluído, por exemplo, o assessor direto de Jorge Barreto Xavier e o diretor geral das artes de Passos Coelho. "É a prova maior de que o PS não se comporta autocrática e tendenciosamente como a direita. As diferenças entre a direita e o PS não cessam de aumentar", concretiza a ex-ministra da pasta da Cultura.
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