Irónica, Esquerda tem "saudades que quando se protegia a classe média"
O novo imposto que o Governo prevê incluir na proposta de Orçamento do Estado para 2017 deu origem a várias críticas entre Esquerda e Direita.
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Política Impostos
O Governo de António Costa acordou com o Bloco de Esquerda a criação de um imposto que incide sobre imóveis de valor superior a 500 mil euros. Em reação, o social-democrata Leitão Amaro disse considerar que o Executivo estaria a “castigar a classe média”, o que deu origem a algumas críticas sobre o entendimento do PSD do que é, afinal, a classe média.
As farpas surgiram pela voz de deputados da Esquerda, que dizem agora perceber porque o governo anterior “protegeu e bem os rendimentos dessa classe média”. É o caso de Ângelo Alves, do PCP.
“Agora que o PSD afirmou que tributar o património imobiliário acima de 500 mil euros, ou acima de um milhão de euros noutras versões, é tributar a classe média (seja lá o que isso for), compreende-se melhor porque é que durante quatro anos andou a dizer que a dita austeridade visava proteger os rendimentos da classe média”, escreveu o comunista na sua página no Facebook.
Também através daquela rede social, João Galamba mostrou a sua surpresa, recuperando uma notícia de 2011, que referia: “Só quem ganha menos de 485 euros terá subsídio de Natal completo”.
“Saudades de quando se protegia a classe média”, ironizou o deputado do PS, afirmando que não se lembra de “ver luminárias como António Barreto, Rui Moreira, Manuel Carvalho e mais uns quantos, que estão escandalizados com o ‘saque fiscal’ a quem tem património imobiliário superior a 500 mil euros (em valor patrimonial tributário, que importa não confundir com valor de mercado), a protestar contra, esse sim, saque fiscal”.
“É lamentável ver pessoas com responsabilidades a embarcar na desinformação. No fundo, apenas mostram que estão totalmente alienados da realidade patrimonial do país em que vivem”, atirou o socialista.
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