Passos recusa comentar Orçamento por Governo não dizer o que vai fazer
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, explicou hoje que se recusou recentemente a comentar o Orçamento de Estado para 2017, porque o Governo ainda não disse o que é que vai fazer.
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Política PSD
"O Governo ainda não disse o que é que vai fazer e essa foi a razão porque eu disse, recentemente, que não comentava o OE para 2017, porque não sabemos o que vai ser e o que vai ter", afirmou Passos Coelho durante uma visita a Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco.
Questionado sobre as medidas que têm sido anunciadas sobre o imposto sobre o património, o líder social-democrata sublinhou que se tratam de medidas que andam a ser negociadas no seio da maioria para, posteriormente, serem apresentadas.
"Até elas [medidas] tomarem uma forma definitiva não vale a pena [comentar]. Acho que não vale a pena estarmos a perder tempo com essa discussão", frisou.
Contudo, adiantou que há governos de países como a França que têm vindo a dar um entendimento para a opinião pública em que esse tipo de solução deverá estar no horizonte.
"Há governos que às vezes, com uma orientação mais radical e populista, criam os impostos excepcionais sobre as fortunas. Aconteceu em França com um governo socialista também. Isso teve uma consequência, muita gente com dinheiro saiu de França e foi à procura de outros destinos", sublinhou.
Para o líder do PSD, faz muito pouco sentido andar a atrair esses investidores e depois alterar as condições de fiscalidade.
"Esse tipo solução é uma abordagem que creio que não é correta. O que precisamos é de valorizar o património que temos, valorizar o investimento direto estrangeiro no nosso património trazendo mais valor. Fizemos muito para isso. A política de vistos Gold trouxe um investimento muito razoável ao país nos últimos anos", sublinhou.
Adiantou que aquilo que defende, não é penalizar em excesso os que podem trazer investimento e criar riqueza: "Se conseguirmos criar mais riqueza e atrair mais investimento para podermos acabar com situações de pobreza e pessoas que vivem em situações de dificuldade, parece-me que é aquilo que nos dá mais garantias de poder oferecer soluções duradouras às pessoas", concluiu.
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