PCP de Évora acusa Centeno de "voltar costas à escola pública"
O PCP de Évora criticou hoje a visita do ministro das Finanças à Escola Profissional da Região Alentejo (EPRAL), na quarta-feira, acusando o governante de "voltar as costas à escola pública", mas abrir "os braços às privadas".
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Esta opção, afirmou o PCP, em comunicado, foi "uma falta de respeito pela escola pública", numa altura em que, no distrito de Évora, "faltam centenas de auxiliares de educação", há "professores com horários-zero" e existem "escolas sem pavilhão gimnodesportivo, com obras por acabar" e outras que continuam "com amianto".
"Este membro do Governo volta as costas à escola pública e aos seus agentes, mas abre os braços às escolas privadas", criticou a Direção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP.
A estrutura comunista alude à visita realizada pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, à EPRAL, em Évora, na quarta-feira, no âmbito da iniciativa desenvolvida pelo Governo para assinalar a abertura do novo ano letivo.
Nesse dia, vários ministros e secretários de Estado visitaram diversas escolas espalhadas pelo país, tendo alguns deles "regressado" a estabelecimentos escolares onde estudaram.
"Não deixa de ser estranho que, no Alentejo, as visitas dos ministros" tenham sido "a escolas particulares", nomeadamente a do titular da pasta das Finanças à EPRAL, dizem os comunistas.
A DOREV refere ainda que a Escola Profissional da Região Alentejo, "como todos conhecem, é uma escola privada pertencente a uma dirigente do PS".
"Depois de terem encerrado dezenas de escolas do 1.º ciclo, contribuindo para a desertificação e o despovoamento de aldeias e vilas do distrito, o Governo do PS dá, assim, um sinal de voltar as costas à escola pública no Alentejo", criticaram os comunistas.
No dia em que visitou a escola profissional, questionado pelos jornalistas sobre esta opção, Mário Centeno considerou a EPRAL "um referencial importante" ao nível da educação profissional na região.
Trata-se de um estabelecimento de ensino "em que se aproxima a escola de forma bastante clara ao mercado de trabalho, à atividade económica. E isso é muito importante para os jovens", que precisam de estar "atentos a essas oportunidades", frisou o ministro.
Criada há 26 anos, a EPRAL é detida pela Fundação Alentejo e, segundo dados fornecidos pela direção da escola à agência Lusa, vai ministrar este ano 10 cursos profissionais (como Apoio à Infância, Vídeo, Multimédia, Restaurante/Bar ou Cozinha/Pastelaria, entre outros), sendo frequentada por cerca de 540 alunos, distribuídos por 23 turmas.
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