Foi Durão Barroso quem se "desgraduou", diz Carlos Zorrinho
O eurodeputado socialista Carlos Zorrinho disse hoje que foi Durão Barroso quem se "desgraduou" ao aceitar um cargo no banco Goldmans Sachs Internacional (GSI), que lhe valeu a perda de privilégios em Bruxelas, passando a ser recebido como lobista.
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Política Polémica
"O presidente da Comissão Europeia limitou-se a informar a provedora de justiça europeia de que Durão Barroso teria o tratamento adequado às funções que iria desempenhar, clarificou um estatuto", referiu.
Zorrinho opinou que Durão Barroso "deveria ter aceitado uma função compatível com as que tinha desempenhado antes, e haveria muitas, naturalmente".
"De momento, o que houve foi uma decisão simbólica, com impacto simbólico na credibilidade e no prestígio de uma pessoa que desempenhou uma função muito elevada em nome de Portugal e da União Europeia".
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciou que vai examinar o contrato do seu antecessor com o GSI e deu já instruções ao seu gabinete para tratar Durão Barroso como qualquer outro lobista com ligações a Bruxelas.
Qualquer comissário europeu ou funcionário da UE que mantiver contactos com Durão Barroso será obrigado a inscrever esses contactos no registo de transparência e a manter notas sobre os mesmos.
Esta decisão de Juncker responde à provedora de justiça europeia, Emily O'Reilly, que na semana passada pediu esclarecimentos sobre a posição da Comissão Europeia face à nomeação de Durão Barroso para administrador não-executivo no GSI, sendo ainda consultor da empresa para o Brexit.
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