Depois de Cristas, também Passos prevê "dificuldades" para pacto com PS
Em causa o apelo feito pelo Presidente da República no dia da abertura do novo ano judicial.
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Política PSD
Marcelo Rebelo de Sousa descreveu, na quinta-feira, a justiça portuguesa como “lenta e cara”, mas defendeu que tal pode mudar desde que haja um “pacto de justiça” que englobe não só os agentes judiciários como também os partidos políticos.
No mesmo dia Assunção Cristas admitiu que vê “com alguma dificuldade” que se alcancem “pactos”, pois “até agora, não houve um sinal de vontade de fazer consenso em relação ao que quer que seja” por parte do PS, PCP e Bloco.
Hoje foi a vez de Passos Coelho dizer aos jornalistas que também ele antevê essas dificuldades, justificando-se com os mesmos argumentos utilizados pela líder do CDS.
“Vejo com dificuldade que o PS tenha abertura para fazer esse tipo de entendimento”, começou por dizer o líder do PSD aos jornalistas à margem da AgroSemana que decorre na Póvoa de Varzim.
Nesta senda, o anterior primeiro-ministro garantiu ainda que as suas iniciativas “têm esbarrado ou na indiferença ou na negação do Governo, o que quer dizer que o Executivo não está interessado em acordos”.
Ainda sobre o setor judiciário, Passos Coelho lembrou que “nos últimos anos foi feita uma reforma estrutural muito relevante na área da Justiça” que precisa de “algum tempo” para ser executada e mostrar resultados.
“Nesta fase, mais importante do que fazer uma nova reforma é acompanhar a execução da reforma que foi feita, fazendo uma avaliação e introduzindo os ajustamentos que se revelarem oportunos”, apontou.
Sobre os dados da Execução Orçamental e a respeito do cumprimento ou não da meta do défice, Passos Coelho diz que não faz “profissões de fé”, mas confessou ter ficado “muito mais tranquilo” depois de ouvir as palavras proferidas ontem pelo Presidente da República.
“O Presidente mostrou uma grande convicção quanto à possibilidade de obtermos essas metas e o Presidente terá, com certeza, alguma afirmação mais particular da qual nós não dispomos. Nós só dispomos da informação que é pública e, de acordo com essa informação, eu não seria tão categórico nessa afirmação”, rematou.
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