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PSD é quem precisa de um "plano B" para discurso catastrofista

A secretária-geral-adjunta socialista afirmou hoje que é a oposição, particularmente o PSD, "quem carece, como de pão para a boca, de um 'plano B'" ao discurso catastrofista que anuncia a "descida do diabo à terra".

PSD é quem precisa de um "plano B" para discurso catastrofista
Notícias ao Minuto

13:44 - 01/09/16 por Lusa

Política PS

"O país já percebeu que, ao contrário do que a propaganda da direita fez constar, o Governo não precisa de aplicar nenhum 'plano B' ao caminho que encetou. Quem verdadeiramente carece, como de pão para a boca, de um 'plano B' é a oposição de direita e, muito em particular, o PSD de Passos Coelho e Maria Luís (Albuquerque)", afirmou Ana Catarina Mendes.

A intervenção da dirigente do PS verificou-se depois da primeira reunião da comissão permanente do partido pós-férias, na sede nacional no largo do Rato, Lisboa, com críticas dirigidas ao líder social-democrata e ex-primeiro-ministro, à sua ministra das Finanças e também ao antigo ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, autores de intervenções recentes, nomeadamente na iniciativa do PSD Universidade de Verão, em Castelo de Vide.

A deputada do PS voltou a desafiar os sociais-democratas a "avançar com propostas alternativas" ao Orçamento do Estado para 2017, "ao contrário do que sucedeu vergonhosamente em 2016".

"O país teria muito a ganhar com a existência de projetos políticos claros e alternativos para que os portugueses possam sobre eles escolher, mas o PSD, a quem tal compete como maior partido da oposição, continua refugiado no passado. Não apresenta uma proposta séria e credível, perdendo o seu tempo nas críticas tremendistas e catastrofistas, anunciando mesmo a descida à terra do diabo a qualquer momento", lamentou a dirigente socialista.

Segundo a secretária-geral-adjunta de António Costa, "o país não esquece que Passos Coelho, com todo o seu entusiasmo, defendeu a austeridade para além da 'troika'" nem que foi a sua ministra das Finanças "que empurrou com a barriga os problemas do sistema financeiro, desde o Banif, à Caixa Geral de Depósitos, ao BES, que escondeu cartas da Comissão Europeia no cofre" e "promoveu um brutal aumento de impostos sem nunca conseguir atingir qualquer das metas orçamentais nem que para isso fossem necessários quatro orçamentos retificativos".

Ana Catarina Mendes acusou ainda a vice-presidente do PSD de "propaganda pré-eleitoral do mais puro populismo" ao ter anunciado o fim da sobretaxa de IRS antes das eleições de outubro de 2015 e Poiares Maduro de um "atraso inconcebível na execução dos fundos comunitários que não soube negociar e acautelar em Bruxelas".

A dirigente do PS comparou pagamentos de dinheiros comunitários a empresas portuguesas com os do anterior Governo PSD/CDS-PP, adiantando tratar-se "de apenas cinco milhões" de euros à data da saída de Poiares Maduro do executivo liderado por Passos Coelho e Paulo Portas, os quais avultam agora a "300 milhões de euros, em apenas nove meses de Governo PS", além de "3.155 projetos que agora já foram pagos" e que eram "apenas 15" no tempo de Poiares Maduro.

A deputada socialista começara por louvar o cumprimento em 2016, "pela primeira vez nesta década", da "meta orçamental do défice definida pelas regras europeias", uma "grande conquista de Portugal e dos portugueses".

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