CGS: Salvaguarda dos postos de trabalho é "indispensável" para o PCP
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou hoje que "um elemento indispensável" da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) terá de ser a salvaguarda dos direitos e dos postos de trabalho dos trabalhadores da instituição.
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Política Jerónimo de Sousa
"Salvaguardar os interesses e os postos de trabalho, para nós, é um elemento indispensável neste processo de reestruturação" da CGD, afirmou o líder comunista aos jornalistas, após participar num jantar com militantes e apoiantes do PCP, na Feira de Agosto, em Grândola (Setúbal).
Segundo Jerónimo de Sousa, que ressalvou não conhecer o processo de reestruturação do Governo, a recapitalização da CGD deve ter também "um caráter de salvaguarda do banco público".
"Deve ir no sentido não só de recapitalizar, como de reforçar a CGD para aquele objetivo que consideramos fundamental", ou seja, "é preciso uma CGD ao serviço da economia, de apoio às famílias e aos pequenos e médios empresários, numa perspetiva de desenvolvimento económico".
"E um processo de reestruturação e de recapitalização que salvaguarde e garanta os direitos dos trabalhadores bancários", insistiu, sem admitir qualquer solução que vá em sentido contrário.
Jerónimo de Sousa disse mesmo que "seria uma contradição" falar "de uma reestruturação e de um reforço da CGD" e, ao mesmo tempo, "liquidar parte significativa daquilo que é uma das suas maiores riquezas, que são os próprios trabalhadores".
"Pode-se dizer, 'bom, mas são rescisões amigáveis'. Nós, que andamos cá há muitos anos, sabemos o que significa isso, ou seja, vai-se com uma rescisão amigável, mas na outra mão a ameaça de um despedimento coletivo", alertou.
Para o PCP, sublinhou, esse "não é o caminho", porque a CGD "precisa dos trabalhadores para preencher os balões" e "áreas de negócio". Se não o fizer, avisou, "outros se apoderarão dessas mesmas áreas".
O Governo anunciou esta semana que o plano de reestruturação da CGD, para a recapitalização do banco, foi aceite na íntegra pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu (BCE).
Segundo o ministro das Finanças, Mário Centeno, os moldes do acordo alcançado entre o Governo português e a Comissão Europeia são ímpares a nível europeu e garantem que a entidade permaneça 100% pública.
Mário Centeno admitiu que a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos implicará um orçamento retificativo se for realizada este ano, como é expectativa do Governo.
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