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“As sanções não chegaram". Profetas e moralistas ficaram “desiludidos”

Aos olhos de José Manuel dos Santos, profetas e moralistas são as duas faces do comentador político dos media portugueses.

“As sanções não chegaram". Profetas e moralistas ficaram “desiludidos”
Notícias ao Minuto

22:24 - 22/08/16 por Notícias Ao Minuto

Política PS

O socialista José Manuel dos Santos considera que o caso das sanções e a extensa mediatização do assunto nos noticiários, revelou “duas faces do novo deus” que é o comentador político das televisões e jornais.

Para caracterizar as duas faces, José Manuel dos Santos faz uma comparação entre moralistas e profetas. O moralista “é aquele que coça onde os outros têm comichão”, já o profeta, para o ser, “basta ser pessimista”.

“E assim aconteceu nestes meses de suspense e de suspeita”, escreve José Manuel dos Santos, num artigo de opinião no site Ação Socialista. Para o antigo assessor presidencial, “os moralistas diziam que merecíamos o pior”, ao passo que “os profetas acrescentavam que iríamos ter o pior que merecíamos”. “Quase tudo o resto foram combinações e variações, interpretações e alucinações destas profecias justiceiras ou destes julgamentos proféticos”, ajuíza.

“O tempo chegou e as sanções não vieram. E assim os profetas e os moralistas ficaram desiludidos e desautorizados (por pouco tempo, acham eles) - e mal conseguiam esconder a vontade que tinham de aplicar sanções a quem não nos tinha aplicado sanções”.

Para o socialista a não aplicação de sanções a Portugal é mérito de António Costa. “Do joelho dobrado e reverente, da coluna vertebral curvada e submissa, do olhar baixo e obediente, do verbo passivo e conluiado do Governo anterior, Portugal passou à posição de pé, à cabeça erguida, ao olhar de frente, à voz sonora e audível”.

José Manuel dos Santos termina fazendo referência ao facto de já sabermos que, na Europa, estamos “condicionados, limitados, constrangidos, coagidos, apertados, determinados por múltiplos factores”. “Mas ficámos agora a saber (…) que levar consigo, vá para onde se vá, a dignidade própria e juntá-la ao cartão de visita como atitude pode não chegar para resolver os nossos problemas. Mas chega para fazer deles um sério problema para os outros”, remata.

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