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"Nunca dei troco a polémicas de natureza interna", comenta Portas

O ex-líder do CDS-PP Paulo Portas desvalorizou hoje, em Luanda, a polémica gerada em torno das declarações do deputado Hélder Amaral, referindo, à margem do congresso do MPLA, que o seu plano é o "das relações do Estado português".

"Nunca dei troco a polémicas de natureza interna", comenta Portas
Notícias ao Minuto

18:05 - 19/08/16 por Lusa

Política Congresso

"Nunca dei troco a polémicas de natureza interna, muito menos a pessoas que até já fizeram partidos contra o CDS ou saíram até do CDS. Sendo muito breve, o meu plano é sempre o das relações do Estado português", disse Paulo Portas, em declarações à imprensa.

O ex-vice-primeiro-ministro, que hoje foi orador numa conferência realizada à margem do congresso, com o tema "Angola Caminho para a Consolidação da Democracia e da Diversificação da Economia", afirmou que o que deve ser perguntado antes de tudo é o que interessa ao Estado português.

Para Paulo Portas, a resposta é ajudar a construir uma relação boa e sólida com Angola no presente e no futuro.

"Isso significa proteger os mais de 100 mil portugueses que cá estão, defender as 2.000 empresas que cá trabalham e perceber que há 10.000 empresas que exportam para Angola", vincou Paulo Portas.

O antigo líder do CDS-PP frisou ainda que em tempos difíceis importa "mais do que nunca quem faça pontes, quem tem uma atitude pragmática e construtiva".

"As pessoas que acham que a missão do Estado português é dizer aos angolanos como é que eles devem ser angolanos, eu acho que estão enganadas", afirmou.

Paulo Portas reiterou que o seu prisma é sempre defender o interesse nacional e de qual deve ser a missão externa do Estado português.

"E portanto, nós bem sabemos que os tempos não são fáceis e precisamente em tempos que são mais difíceis é necessário afirmar os laços de cooperação e o país precisa de construir pontes, não precisa de retóricas de confronto", disse.

"É do interesse de Portugal ter uma relação boa e sólida com Angola e devo chamar atenção que aquilo que os portugueses se perderem em certas controvérsias, deixarem de fazer em Angola, será feito certamente pelos chineses, turcos, franceses, ingleses, italianos ou espanhóis", acrescentou.

Paulo Portas, que está em Angola a título pessoal, foi convidado para o VII congresso ordinário do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que decorre em Luanda desde quarta-feira e termina no sábado.

A representar o CDS-PP está o deputado Hélder Amaral, cujas declarações sobre uma maior proximidade entre os dois partidos, que têm agora "muitos mais pontos em comum" está a receber críticas de membros do partido.

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