"Romaria" a congresso do MPLA "não ajuda democracia angolana"
Ribeiro e Castro elogia presença de CDS em congresso MPLA, mas condena declarações de alinhamento com o partido angolano.
© Global Imagens
Política Ribeiro e Castro
Ribeiro e Castro comentou hoje, na TVI 24, a sua reação à participação do CDS no 7.º Congresso do MPLA, em Angola.
Esta quarta-feira, o centrista reagiu mal às declarações de Hélder Amaral, que havia afirmado que os dois partidos têm pontos em comum e “têm tudo para que a relação seja cada vez mais forte”.
Para José Ribeiro e Castro o “que aconteceu é lamentável e é um episódio de deslumbramento perante o congresso do MPLA”. Embora considere que não é “negativo o CDS aceitar o convite”, porque se “deve dialogar com todos”, condena as “declarações de alinhamento com o MPLA”, lembrando que o CDS tem relações estabelecidas com o UNITA.
Ribeiro e Castro considera que se criou uma “polvorosa mas compreensiva reação no partido” e critica o facto de “os partidos terem organiado uma romaria”, dando a entender que existe “apenas um partido em Angola”.
“Quando nos reduzimos a um exclusivo não estamos a ajudar a democracia angolana. Cada um tem as suas relações privilegiadas. Ajudamos a democracia partilhando a democracia. Não aceitaríamos na nossa casa o que estamos a fazer em Angola. É um certo sinal de racismo esta coisa de dizer que a democracia não é para africanos”, afirmou.
Questionado sobre se Portugal tem tido uma atitude submessiva em relação a Angola, em prol dos seus interesses económicos, o ex-presidente do CDS respondeu: “creio que sim. E acho que isso é negativo porque isso inibe-nos de sinalizar sinais críticos que podem ser sempre transmitidos de forma respeitosa”
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