Meteorologia

  • 18 ABRIL 2024
Tempo
21º
MIN 16º MÁX 26º

CDS e PSD lamentam adiar discussão do caso das viagens da Galp

PSD e CDS-PP lamentaram hoje o "adiamento" para setembro do debate sobre as viagens de membros do Governo pagas pela Galp para assistir a jogos do europeu de futebol, com a esquerda a argumentar que não há "urgência".

CDS e PSD lamentam adiar discussão do caso das viagens da Galp
Notícias ao Minuto

23:22 - 10/08/16 por Lusa

Política Parlamento

"O caso não está encerrado, não está concluído", disse o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, em declarações aos jornalistas no final da conferência de líderes onde foi rejeitado o pedido dos democratas-cristãos para a realização de uma reunião extraordinária da comissão permanente do parlamento para debater o caso das viagens.

Referindo-se à reunião agendada para quinta-feira entre representantes de todos os partidos e do Governo para analisar a "tragédia" dos incêndios, Nuno Magalhães argumentou que "uma coisa é tratar daquilo que é emergente", outra coisa é "esquecer, rejeitar ou deixar lá mais para setembro aquilo que não sendo emergente é também importante que é a transparecia e a ética das relações entre altos cargos de funcionários públicos e empresas privadas".

"Separamos aquilo que é emergente - o combate à tragédia dos incêndios - daquilo que não sendo emergente é, a nosso ver, urgente, que é a transparência e a ética na relação entre a política e as empresas privadas", sublinhou.

Falando já depois do presidente da Assembleia da República, que defendeu que na reunião já agendada para 08 de setembro da comissão permanente os partidos serão livres para debater o que quiserem, podendo levar o caso das viagens à discussão, Nuno Magalhães lamentou que a maioria PS, BE, PCP e PEV tenha "votado contra o escrutínio de uma decisão do Governo que do ponto de vista da ética e da transparência" é "absolutamente condenável".

Pelo PSD, o líder parlamentar, Luís Montenegro também lamentou "profundamente" o ?chumbo' da esquerda parlamentar ao pedido do CDS-PP, frisando que "será inevitável que assunto seja debatido no parlamento".

Mariana Mortágua, do BE, concordou que o assunto "não está encerrado", mas recusou que a discussão tenha sido adiada.

"Esse assunto não foi é antecipado, acho que se compreende numa situação dramática, de urgência dos incêndios não é equiparável, nem ninguém compreenderia que estivéssemos a dividir atenções", disse, vincando que "a questão das viagens é criticável e deve ser escrutinada".

"O Governo deve de ser escrutinado, mas não devemos pôr em pé de igualdade a urgência e catástrofe nacional dos incêndios e um caso que pode deve ser escrutinado, mas que o pode ser feito nos prazos normais da Assembleia da República", acrescentou.

O deputado do PS Pedro Delgado Alves corroborou a ideia, considerando que "não havia urgência que justifica-se" a realização de uma comissão permanente extraordinária ou a antecipação da reunião já marcada para setembro.

"O que é permente são os incêndios", referiu.

Pelo PCP, António Filipe alinhou na argumentação, considerando também que "não se justifica a alteração da data da comissão permanente marcada para 08 de setembro".

Nas declarações aos jornalistas, todos os partidos escusaram fazer uma avaliação sobre a atuação do Governo na questão do combate aos incêndios ou sobre os meios disponíveis, considerando que essa reflexão deve ser feita posteriormente.

Na terça-feira, o primeiro-ministro considerou que o caso das viagens de membros do Governo pagas pela Galp para assistir a jogos do europeu de futebol está "devidamente encerrado", quando questionado sobre o caso que envolveu os secretários de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, da Indústria, João Vasconcelos, e da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório