Não é de agora que vemos ex-governantes verem a sua carreira no setor privado prosperar após deixarem o governo. Paulo Portas é apenas o mais recente caso de um político português a fazer tal percurso.
O homem que levou a expressão ‘geringonça’ das páginas de jornal para o Parlamento abandonou a liderança do CDS no final de dezembro. Assunção Cristas assumiria o seu lugar oficialmente em março e, durante uns meses, Paulo Portas, antigo vice-primeiro-ministro no Executivo liderado por Passos Coelho, saiu dos holofotes mediáticos após anos de destaque na vida política.
Numa altura em que ainda se especula sobre o seu eventual regresso a esses mesmos holofotes, agora como comentador televisivo, seguindo o exemplo de muitos outros antigos governantes, Paulo Portas faz já o caminho de outras figuras que, após terem desempenhados cargos de destaque no governo português, seguiram novo caminho no mundo dos negócios.
Em junho ficámos a saber que Paulo Portas iria dinamizar um Conselho Consultivo Internacional para a América Latina para a Mota-Engil. Entretanto, há um novo cargo que o antigo líder centrista junta ao seu curriculum vitae.
O espanhol El Diario revelou que Portas é desde julho consultor de uma filial espanhola da mexicana Pemex.
A Pemex destaca-se como petrolífera. Em 2015 era mesmo considerada pela Forbes a nona maior petrolífera do mundo, à frente de gigantes como a Kuwait Petroleum Corp ou a Chevron. Mas a Pemex trabalha também no setor do gás natural. E é precisamente nesta área que Portas irá agora ser consultor, já que a sua ligação é à filial da Pemex Mex Gas Enterprises.
