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"Governo faz tábua rasa da lei. Nova administração da CGD é vergonhosa"

A ex-secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade e atual vice-presidente do PSD disse, em entrevista ao Notícias ao Minuto, que, relativamente a iniciativas do Governo, "nada se viu nos últimos meses que seja relevante em matéria de promoção de igualdade de género em Portugal".

"Governo faz tábua rasa da lei. Nova administração da CGD é vergonhosa"
Notícias ao Minuto

08:53 - 07/08/16 por Patrícia Martins Carvalho

Política Exclusivo

Teresa Morais mostrou-se indignada com a composição daquela que será a nova administração da Caixa Geral de Depósitos.

Em entrevista exclusiva ao Notícias ao Minuto, a vice-presidente do PSD considera que o facto de a nova administração contar com 19 elementos e apenas um ser do sexo feminino é algo que “contraria todos os esforços feitos nos últimos anos e todas as tendências internacionais para promover um equilíbrio na representação de homens e mulheres nos conselhos de administração”.

Mas mais do que “contrariar” uma tendência promovida pelo anterior governo, esta falta de atenção, de empenho e de trabalho” por parte do atual Executivo é “vergonhosa e inaceitável”.

Teresa Morais recordou que o governo PSD/CDS “fez um acordo com 14 grandes empresas portuguesas no qual estas se comprometiam a um objetivo de 30% de mulheres nos seus conselhos de administração até 2018”.

“O que é que se está a fazer para monitorizar os resultados destas medidas e lhes dar continuidade?”, questiona, para de seguida responder: “Que eu saiba nada”.

Na mesma entrevista ao Notícias ao Minuto, a ex-secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade revelou que, “em dezenas de audições parlamentares”, estas questões foram colocadas ao ministro da tutela e à secretária de Estado e “nunca” o PSD obteve “respostas conclusivas, nem respostas que garantissem minimamente que esta era uma prioridade do Governo, pois já se percebeu que não é”.

A área da Igualdade foi enterrada enquanto prioridade”, assegura, acusando o Executivo de António Costa de fazer “tábua rasa do que diz a própria lei”.

Acho absolutamente inacreditável que um banco público, que deve ser uma referência para todo o setor financeiro em muitos aspetos e também neste, faça tábua rasa daquilo que diz a própria lei que regula o setor financeiro e que se refere ao objetivo do equilíbrio entre homens e mulheres nos conselhos de administração

Teresa Morais não poupa o Governo a críticas, dizendo que com os 19 nomeados para a administração da Caixa Geral de Depósitos, o Estado “dá o pior exemplo”, considerando como “vergonhosa e inaceitável” esta decisão de ter apenas uma mulher – Leonor Beleza – entre os escolhidos.

E nem mesmo Leonor Beleza, garante a social-democrata, está satisfeita com a opção do Governo.

“Foi com Leonor Beleza que eu aprendi as primeiras linhas sobre este tema. É uma pessoa que toda a vida defendeu a igualdade e eu sei, de fonte segura, que ela está absolutamente de acordo comigo e que gostaria que o conselho de administração do qual faz parte fosse mais equilibrado”, concluiu.

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