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PSD quer que Costa pare férias e fala em "atitude burguesa" da Esquerda

Fernando Negrão falou em nome do PSD, na sequência da polémica sobre as viagens de governantes pagas pela Galp.

PSD quer que Costa pare férias e fala em "atitude burguesa" da Esquerda
Notícias ao Minuto

16:29 - 05/08/16 por Pedro Filipe Pina

Política Fernando Negrão

A ida dos secretários de Estado de Assuntos Fiscais, Indústria e Internacionalização ao Euro’2016 a convite da Galp é polémica que prossegue e esta sexta-feira os sociais-democratas endureceram o discurso pela voz do deputado Fernando Negrão, que hoje falou em conferência de imprensa.

“As questões de natureza ética só estão encerradas quando completamente esclarecidas”, começou por afirmar o deputado ‘laranja’, acrescentando que é necessário apurar as “circunstâncias que envolvem esta viagem”.

“Não é por causa da viagem em si, é por causa da relação entre o Governo, os secretários de Estado e uma empresa privada dominante no mercado” em que atua, salientou.

Fernando Negrão desvalorizou também a reação ontem de Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, relativamente ao código de conduta que seria elaborado, salientando que esse código “já existe”, aplica-se aos funcionários do Fisco, o que, referiu, devia incluir o governante, “que tem as mesmas obrigações dos funcionários”.

“Cabe às autoridades judiciais apurar a favor de quê” mas “a questão ética subsiste”, afirmou ainda o deputado do PSD, questionando depois: “Como é que é possível que três governantes em áreas estratégicas e com ligações a essa empresa possam continuar a exercer?”.

As críticas a que Fernando Negrão deu voz visaram ainda António Costa, bem como o Bloco de Esquerda e o PCP. Negrão criticou o “silêncio do senhor primeiro-ministro, que não pode continuar em férias dizendo que nada dirá uma vez que está em férias”.

Mas fez também questão de questionar o PCP e o Bloco de Esquerda: “O que é que aconteceu às bandeiras permanentemente erguidas de promiscuidade entre setor privado, ou o grande capital, e setor político”, afirmou.

“Deixaram cair esta bandeira?”, questionou ainda, sugerindo que “o aconchego do poder lhes deu uma posição e atitude burguesa face a problemas desta natureza”.

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