PSD quer que Costa pare férias e fala em "atitude burguesa" da Esquerda
Fernando Negrão falou em nome do PSD, na sequência da polémica sobre as viagens de governantes pagas pela Galp.
© Global Imagens
Política Fernando Negrão
A ida dos secretários de Estado de Assuntos Fiscais, Indústria e Internacionalização ao Euro’2016 a convite da Galp é polémica que prossegue e esta sexta-feira os sociais-democratas endureceram o discurso pela voz do deputado Fernando Negrão, que hoje falou em conferência de imprensa.
“As questões de natureza ética só estão encerradas quando completamente esclarecidas”, começou por afirmar o deputado ‘laranja’, acrescentando que é necessário apurar as “circunstâncias que envolvem esta viagem”.
“Não é por causa da viagem em si, é por causa da relação entre o Governo, os secretários de Estado e uma empresa privada dominante no mercado” em que atua, salientou.
Fernando Negrão desvalorizou também a reação ontem de Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, relativamente ao código de conduta que seria elaborado, salientando que esse código “já existe”, aplica-se aos funcionários do Fisco, o que, referiu, devia incluir o governante, “que tem as mesmas obrigações dos funcionários”.
“Cabe às autoridades judiciais apurar a favor de quê” mas “a questão ética subsiste”, afirmou ainda o deputado do PSD, questionando depois: “Como é que é possível que três governantes em áreas estratégicas e com ligações a essa empresa possam continuar a exercer?”.
As críticas a que Fernando Negrão deu voz visaram ainda António Costa, bem como o Bloco de Esquerda e o PCP. Negrão criticou o “silêncio do senhor primeiro-ministro, que não pode continuar em férias dizendo que nada dirá uma vez que está em férias”.
Mas fez também questão de questionar o PCP e o Bloco de Esquerda: “O que é que aconteceu às bandeiras permanentemente erguidas de promiscuidade entre setor privado, ou o grande capital, e setor político”, afirmou.
“Deixaram cair esta bandeira?”, questionou ainda, sugerindo que “o aconchego do poder lhes deu uma posição e atitude burguesa face a problemas desta natureza”.
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