“A Direita não tem vergonha”. É de forma taxativa que o deputado do PCP António Filipe inicia uma publicação em tom crítico às alterações no IMI.
Recorde-se que está a caminho uma alteração a um dos critérios nas contas do IMI. O imposto sobre imóveis volta assim a estar na ordem do dia, com a Direita a criticar esta alteração.
António Filipe lembra aumentos fiscais do executivo anterior, referindo inclusive a célebre expressão do “enorme” aumento de impostos no tempo do ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar, para desvalorizar o assunto no Facebook.
“Quando estiveram no Governo fizeram os maiores aumentos de impostos de que há memória”, escreve, referindo IVA, IRS e IMI e acrescentando que houve “benesses só para o IRC das grandes empresas”.
PSD e CDS “foram para a oposição e logo fizeram uma enorme campanha contra o Orçamento para 2016 porque aumentava os impostos, quando na verdade baixou o IVA da restauração, baixou a taxa máxima do IMI (sim, do IMI) e acabou a sobretaxa do IRS”, declara, recordando ainda o debate em torno do preço (e respetivos impostos) dos combustíveis.
“Agora, vem a campanha do aumento ‘absurdo do IMI’ quando do que se trata é de aplicar critérios que eles próprios inventaram”, critica, acrescentando que “querem fazer de nós parvos” e que para tal tem contribuído “a colaboração de uma certa comunicação social”.