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Assis questiona Bruxelas sobre caso de dissidente cubano Fariñas

O eurodeputado socialista Francisco Assis questionou hoje a Comissão Europeia sobre a situação do dissidente político cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome e sede desde 19 de julho e hospitalizado em Cuba, em risco de vida.

Assis questiona Bruxelas sobre caso de dissidente cubano Fariñas
Notícias ao Minuto

22:46 - 01/08/16 por Lusa

Política Eurodeputados

Francisco Assis, membro da subcomissão do Parlamento Europeu para os Direitos Humanos, perguntou à vice-presidente da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Federica Mogherini, que medidas tenciona tomar "para sensibilizar a comunidade internacional para a situação de Guillermo Fariñas, bem como de outros 21 dissidentes em greve de fome pelos mesmos motivos [exigir a libertação dos presos políticos em Cuba]", indicou o gabinete do eurodeputado em comunicado hoje divulgado.

O parlamentar socialista questionou também Mogherini sobre a forma como pretende "pressionar o regime cubano a respeitar os direitos humanos e a liberdade de pensamento", num país onde, apesar do reatamento das relações diplomáticas com os Estados Unidos, ainda vigora um regime de partido único, "que persegue e prende os opositores e que criminaliza a liberdade de expressão", encabeçado por Raúl Castro.

No comunicado, Assis refere a gravidade do estado de Fariñas, hospitalizado na localidade cubana de Santa Clara", sublinhando tratar-se de uma "eminente personalidade ao qual o Parlamento Europeu atribuiu em 2010 o Prémio Sakharov pela Liberdade de Pensamento e que é uma referência para todos os que lutam pela democracia e pelos direitos humanos em várias zonas do mundo".

"Adepto da não-violência, este opositor do regime castrista protagonizou já 24 greves de fome com vista a sensibilizar o mundo para a situação dos presos políticos cubanos e em protesto contra o autoritarismo e a repressão praticados pelas autoridades do seu país", precisa.

De acordo com o eurodeputado socialista, "o recente descongelamento das relações entre Cuba e os Estados Unidos e o início daquilo que aparenta ser um processo de abertura não absolve automaticamente o regime cubano dos graves atentados aos direitos humanos que continuam a ocorrer no país".

Pelo contrário, alerta, "a abertura no plano diplomático não está a ter correspondência no plano interno e Cuba conta ainda com mais de uma centena de presos políticos, sujeitos a torturas físicas ou psicológicas".

Segundo informação da Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional de Cuba citada pelo gabinete do eurodeputado, em 2015 "contabilizaram-se 8.616 detenções por motivos políticos e só nos primeiros seis meses de 2016 ocorreram já 6.753, o que traduz um recrudescimento da repressão sobre os opositores desde que [o Presidente norte-americano] Barack Obama e [o dirigente cubano] Raúl Castro decidiram encetar conversações com vista a uma reaproximação diplomática, em dezembro de 2014".

Francisco Assis defende, por isso, que "alguns sinais positivos que se verificaram recentemente na sequência do reatar de relações com os EUA não dispensam os democratas de todo o mundo de denunciar e condenar vigorosamente a existência de presos políticos em Cuba e o tratamento que lhes reserva o regime castrista".

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