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Relator do PS "parcial". Posição do PSD "desaba face a factos"

O relatório da comissão de inquérito parlamentar ao Banif foi aprovado com votos a favor de PS, PCP e Bloco, abstenção do CDS e voto contra do PSD.

Relator do PS "parcial". Posição do PSD "desaba face a factos"
Notícias ao Minuto

23:30 - 28/07/16 por Pedro Filipe Pina

Política Banif

João Galamba, deputado do PS, e António Leitão Amaro, deputado do PSD, marcaram presença no programa Esquerda Direita, na antena da SIC Notícias, esta quinta-feira. E as posições divergentes do ambos os partidos sobre o relatório elaborado por Eurico Brilhante Dias, sobre o inquérito ao Banif, ficaram bem evidentes.

“O exercício do inquérito parlamentar ao Banif foi importante e tem aspetos positivos” e o próprio relatório em si “tem uma grande parte de discussão factual”. No entanto, o PSD votou contra. António Leitão Amaro explicou o grande ‘mas’ social-democrata nesta questão.

Sobre a comissão e o relatório, “faltou uma auditoria ao Banif” mas também “um conjunto de informação que foi negada, por várias autoridades, algumas europeias, mas também pelo Governo, à comissão de inquérito”. Tudo isto, porém, diz respeito à forma.

Já no que à substância diz respeito, António Leitão Amaro caracteriza o relatório como “muito parcial”. Concordando nas responsabilidades atribuídas às direções do banco, os sociais-democratas argumentam, porém, que o relatório “procura concentrar tudo no Governo anterior”.

Por outro lado, acusa ainda o social-democrata, o relatório “é completamente omisso face às escolhas” que decorreram já sob governação socialista. 

Para João Galamba, a posição do PSD “desaba perante os factos”.

“São cinco partidos na comissão de inquérito e houve apenas um que acusou o Governo de mentir”, afirmou o socialista, lembrando que a posição do CDS (que se absteve na votação) divergiu da do PSD.

“O problema fundamental do banco era de viabilidade nos termos da União Europeia”, afirmou, descrevendo “o plano de reestruturação como inviável, de acordo com as regras comunitárias.

Galamba afirmou também que o prazo para resolver a questão do Banif “foi encurtado” e que tal aconteceu com o anterior executivo, sendo o Governo atual apenas “informado” da situação.

“O Governo [PSD/CDS] andou a empurrar com a barriga porque não quis assumir que o banco ia ter perdas para o Estado e era preciso um plano diferente dos que foram chumbados”, acusou, acrescentando que o plano de reestruturação que podia “ter pernas para andar” só foi apresentado pelo executivo de Passos Coelho em setembro de 2015, o que “demonstra que no passado, o que [o Governo anterior] fez foi apenas adiar”, acrescentou.

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