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PSD e CDS-PP condenam conferência de imprensa de deputado socialista

PSD e CDS-PP lamentaram hoje, na comissão de inquérito ao Banif, que o deputado relator dos trabalhos, o socialista Eurico Brilhante Dias, tenha dado uma conferência de imprensa sobre o relatório da comissão antes de o apresentar aos deputados.

PSD e CDS-PP condenam conferência de imprensa de deputado socialista
Notícias ao Minuto

17:55 - 25/07/16 por Lusa

Política Banif

Para o coordenador do PSD na comissão, Carlos Abreu Amorim, o relator "esvaziou" a reunião de hoje, de apresentação da versão preliminar do relatório, quando decidiu dar uma conferência de imprensa na sexta-feira fazendo aí "leituras políticas significativas".

O texto, de todo o modo, "tenta ser credível, é resultado de trabalho intenso e que deve ser congratulado", mas contém o "pecado capital da parcialidade política evidente", advoga Carlos Abreu Amorim. O relator "branqueia a capitulação do atual Governo face à escalada das exigências das autoridades europeias" sobre o Banif, diz.

O CDS-PP abordou também a conferência de imprensa de Eurico Brilhante Dias: "O que aconteceu em termos públicos quanto ao relatório não beneficiou em nada a discussão do mesmo. Era absolutamente dispensável. Acho que foi um momento infeliz", vincou João Almeida, deputado centrista efetivo na comissão.

Contudo, o parlamentar elogiou o trabalho "exaustivo e bem fundamentado", vincando todavia identificar uma "diferença de tratamento nos diferentes períodos" de análise, "não só exclusivamente face às tutelas políticas, mas também às instituições europeias", que deveriam merecer, diz João Almeida, críticas "mais profundas".

O PS, pelo deputado João Galamba, dirigiu-se ao PSD para indicar que na comissão de inquérito aos 'swaps' a deputada relatora, a social-democrata Clara Marques Mendes (PSD), apresentou a versão preliminar de relatório aos jornalistas antes de distribuir a mesma aos parlamentares.

"O PSD tem de ver se é consequente ao longo do tempo", instou João Galamba, sobre as críticas à conferência de imprensa dada por Eurico Brilhante Dias.

Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda (BE), enalteceu os apontamentos feitos na versão preliminar do relatório ao Banco de Portugal: "O Banco de Portugal não foi claro nas posições que foi tomando ao longo do tempo, não foi claro nas ações que tomou para defender o interesse nacional junto das instituições europeias na altura da resolução" do Banif, frisou.

Já o PCP, pelo deputado Miguel Tiago, sublinha que "no essencial" o relatório "faz uma boa descrição dos factos e "destaca aspetos que o PCP também destacaria".

Contudo, reconhece, é "praticamente impossível conciliar a visão dos diferentes partidos sobre a origem dos problemas identificados" no Banif.

O deputado relator da comissão de inquérito ao Banif, o socialista Eurico Brilhante Dias, sublinhou na sexta-feira que os "primeiros responsáveis" pelo que sucedeu ao banco são os administradores que geriram, de forma "insustentável", a entidade até 2012 - mas também apontou críticas ao poder político, supervisor e entidades internacionais.

Em 20 de dezembro de 2015, domingo ao final da noite, Banco de Portugal e Governo anunciaram a resolução do Banif, a venda de alguns ativos ao Santander Totta e a transferência de outros (muitos deles 'tóxicos') para a sociedade-veículo Oitante.

A operação surpreendeu pela dimensão do dinheiro estatal envolvido, que no imediato foi de 2.255 milhões de euros, o que obrigou a um orçamento retificativo.

A este valor há ainda que somar a prestação de garantias de 746 milhões de euros e a perda dos cerca de 800 milhões de euros que o Estado tinha emprestado em 2012 e que não tinham sido devolvidos.

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