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Redução no preço das portagens desencadeia 'farpas' entre PS e PSD
O Governo questionou hoje por que motivo o anterior governo [PSD/CDS-PP] não avançou com uma redução no preço das portagens, se sabia ser possível chegar aos 20% de corte, como garantiu hoje o PSD.
© Global Imagens
Política Acusação
"Se há um estudo anterior e se esse estudo foi encomendado pelo anterior governo, não se percebe porque é que hoje o PSD vem invocá-lo, sem que, no passado, tenha avançado alguma medida para a aplicação de tais descontos", disse hoje, em declarações à Lusa, o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d'Oliveira Martins.
O PSD acusou hoje o Governo de ter apontado um valor "completamente falso" para "justificar" a redução de apenas 15% nas portagens, em algumas autoestradas, e vincou ser possível chegar aos 20%, com um equilíbrio nas contas.
"O Governo anterior [liderado pela coligação PSD/CDS] encomendou um estudo a que este Governo do PS teve acesso e que divulgou, segundo o qual um desconto até 15% garante um retorno de 5 milhões de euros. Com esta redução de 15%, o custo é nulo", afirmou Luís Leite Ramos, vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, em conferência de imprensa no Porto.
O secretário de Estado afirmou que o governo anterior "manifestava intenção de adotar uma política agressiva de portagens, com o único propósito de maximizar a receita", assim como "se preparava para introduzir mais portagens".
Segundo Guilherme W. d'Oliveira Martins, o atual governo avançou com "uma política responsável de redução de portagens, que pressupôs a análise dos vários estudos disponíveis e de estudos baseados em casos internacionais, que apontam para valores menos otimistas".
"Essa análise aos impactos financeiros está implicitamente relacionada com as necessidades das populações do interior e com um critério também de afastamento dos centros urbanos de maior consumo", disse.
O governante reafirmou que a redução de 15% "é um valor seguro, sustentável, e que os impactos financeiros anuais, de acordo com os estudos que foram feitos e foram aprofundados, já por este governo, variam entre um aumento de receita de 1,1 milhões de euros e uma redução eventual de 13,6 milhões".
"A redução de portagens foi feita num critério de sustentabilidade e de ponderação dos impactos financeiros, por um lado, e, por outro lado, da valorização das zonas mais desfavorecidas e das zonas do interior", acrescentou.
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