Montenegro diz que voto secreto foi para todos e pede moderação a César
O líder parlamentar do PSD vincou hoje que o voto secreto foi para todos os grupos parlamentares na eleição falhada de Correia de Campos para o Conselho Económico e Social (CES) e criticou a linguagem do homólogo socialista, aconselhando-o a refrescar as ideias.
© Global Imagens
Política CES
"O voto secreto não foi só para os deputados do PSD, foi para os do PS, do PCP, do BE, do PEV, do CDS e para o deputado do PAN", afirmou Luís Montenegro, à chegada ao hotel lisboeta onde decorre a reunião do Conselho Nacional social-democrata.
O presidente e líder parlamentar do PS, Carlos César, ainda na Assembleia da República, acusara o PSD de ter inviabilizado a eleição e avisou que outros acordos, como a indicação pelos sociais-democratas para Provedor de Justiça podem vir a ser ponderados.
"Há partidos que dão valor aos seus compromissos, há pessoas que honram a sua palavra, mas não foi nem é o caso do PSD", disse César, acrescentando que "só o PSD pode encontrar razões para se envergonhar de si próprio".
Sem querer "contribuir para baixar o nível quer da linguagem quer do diálogo político e democrático entre os dois maiores partidos do parlamento português", Montenegro avisou que, "se o PS e Carlos César, em particular, acham que é com a linguagem que vieram utilizar que resolvem este problema, vão por um caminho muito mau e não contribuem para resolver o problema".
"Nós esperamos que o PS e o seu líder parlamentar possam refrescar as ideias e conduzir este processo de maneira a resolvê-lo", continuou o deputado do PSD, embora reconhecendo não poder "pôr nem deixar de pôr (as mãos no fogo pelos votos dos deputados do PSD)", antes de "lamentar o resultado" e prometer que o seu partido fará "todo o esforço para cumprir o compromisso".
Segundo o parlamentar social-democrata, "s insuficiência do resultado não está focada nos deputados do PSD, é coletiva", pois a eleição "tinha, à partida, o apoio de PS e PSD e de outros grupos parlamentares".
"Convém recordar que, só os partidos que suportam o Governo - mesmo sem os deputados do PSD, se por absurdo nenhum tivesse votado -, perfazem 122 deputados e o candidato teve 105. Eu posso assegurar que muitos deputados do PSD, incluindo eu próprio, votaram naquele candidato", disse.
Na sessão plenária da Assembleia da República, a eleição para a presidência do CES do antigo ministro socialista Correia de Campos falhou a obtenção de 221 deputados votantes para a necessária maioria de dois terços.
Entre os 221 deputados que votaram, Correia de Campos obteve apenas 105 votos a favor, registando-se 93 brancos e 23 nulos.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com