Emigração de professores: "Não acompanhamos essa declaração"

O secretário-geral do PCP distanciou-se hoje das declarações do primeiro-ministro, António Costa, sobre as oportunidades para professores de Língua Portuguesa em França, defendendo que os problemas dos docentes se resolvem com "medidas concretas cá".

Há uma crise com "uma dimensão sem precedentes"

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Lusa
14/06/2016 14:12 ‧ 14/06/2016 por Lusa

Política

PCP

"Não é a emigração que resolve o problema dos professores, são medidas concretas cá. Tendo em conta as necessidades da escola pública há possibilidade de colocar professores no seu país", defendeu Jerónimo de Sousa, em Braga, à margem de uma visita a uma exploração leiteira.

Confrontado com as declarações de António Costa em Paris, que foram feitas depois de o Presidente francês ter referido uma aposta no ensino do português naquele país, Jerónimo de Sousa afastou-se do líder do Governo.

"Não acompanhamos essa declaração e esse convite subjacente nessa declaração do primeiro-ministro, tal como não acompanhámos há 4 anos [quando o secretário de Estado do Desporto convidou os portugueses a saírem da "zona de conforto" e Pedro Passos Coelho, à data primeiro-ministro, apontou a emigração como "saída" para os professores]", disse.

Nas comemorações do Dia de Portugal, que decorreram em França, António Costa destacou o compromisso do Presidente francês sobre o ensino do português, considerando que é uma oportunidade para muitos professores.

Em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro referiu que em breve serão marcadas "as reuniões do grupo técnico que existe entre Portugal e França para o alargamento da presença do português" como língua de aprendizagem nas escolas francesas.

"Isto é obviamente muito importante para a difusão da nossa língua. É também uma oportunidade de trabalho para muitos professores de português que, por via das alterações demográficas, hoje não têm trabalho em Portugal e que podem encontrar aqui, mas é também um grande desafio para a nossa tecnologia e para a capacidade de fomentar o ensino à distância", considerou.

 

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