Hugo Carvalho e os amigos fizeram quase 400 quilómetros para estarem presentes nesta reunião, mas já são presença habitual dos congressos do partido.

O dirigente da Juventude Socialista do concelho de Amarante afirmou que é destes "momentos máximos de um partido" que "saem as grandes linhas políticas para um ciclo político".

"Este em particular tem a agravante de nós estarmos num momento histórico da nossa democracia, e num momento histórico também da vida do Partido Socialista", vincou, em declarações à agência Lusa.

Quanto ao meio ano de Governo, Hugo referiu que "são seis meses entusiasmantes", precisando que Portugal é o primeiro país europeu a "demonstrar que é possível um caminho alternativo sem os exageros que foram cometidos, ou os radicalismos de outros países".

Quanto às declarações do secretário-geral do partido no discurso de abertura do congresso, que afirmou que cada partido que apoia o Governo "concorrerá com as suas próprias listas" às eleições autárquicas, o jovem de 28 anos defendeu que "uma coisa são as eleições legislativas e outra coisa são as dinâmicas autárquicas" e que já existem "muitas formas de consenso" a este nível.

Ana Pedro, de Coimbra, também é presença habitual destas reuniões magnas do PS, vem a todos.

"Estou satisfeita com estes seis meses de trabalho. Agora vamos ver, mas penso que vai continuar no bom caminho", afirmou, acrescentando que as "expectativas são muito positivas".

Quanto às autárquicas concorda com a inexistência de acordos à esquerda.

Sérgio Silva partilha com Ana o facto de não falhar um congresso socialista.

Aos 73 anos, aponta que este é "importante porque permite [...] efetivamente vir mobilizar os militantes para estarem com o Governo e com o partido".

Relativamente aos acordos com os partidos "mais à esquerda", Sérgio sublinha que "a 'geringonça' funciona bastante bem, tem as suas dificuldades como é natural, como tudo na vida, mas tem funcionado bastante bem" e que o Governo tem feito o que era esperado.

Para as autárquicas do próximo ano, o militante nascido em Angola defende acordos apenas em alguns municípios, "naquelas zonas onde o PSD e o CDS-PP são fortes".

Contrariando a tendência dos congressistas entrevistados pela Lusa, Rita Cardoso é estreante nestas andanças.

A portuense de 23 anos considerou este 21.º congresso "muito importante", advogando também que António Costa "está a fazer um excelente trabalho".

Natália Correia é provavelmente a militante que mais quilómetros viajou para estar presente hoje na Feria Internacional de Lisboa (FIL), onde decorreu esta reunião de socialistas.

Vinda de França, traçou à Lusa um retrato do que é sentido junto das comunidades quanto ao atual Governo.

"Lá fora a perceção é bastante positiva. Aquela questão da dignidade devolvida ao povo, ou pelo menos o esforço sincero de medidas e leis progressistas está a ser visto de forma bastante positiva", afirmou.