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Abraço enviado por Daniel Adrião a Sócrates recebido com aplausos

O candidato alternativo a António Costa na liderança do PS, Daniel Adrião, elogiou hoje os antigos líderes socialistas, tendo enviado a partir do 21.º Congresso "um forte abraço a José Sócrates", referência aplaudida por muitos congressistas.

Abraço enviado por Daniel Adrião a Sócrates recebido com aplausos
Notícias ao Minuto

13:33 - 04/06/16 por Lusa

Política Congresso PS

Daniel Adrião protagonizou a primeira referência ao antigo primeiro-ministro José Sócrates durante o Congresso do PS que se iniciou na sexta-feira e termina no domingo, em Lisboa.

"No PS temos orgulho em José Sócrates, que serviu o país como primeiro-ministro dando ao PS a sua maior vitória eleitoral de sempre com a sua única maioria absoluta e que deixou como grandes marcas o plano tecnológico, a aposta na economia verde e rede de acessibilidades que aproximou os portugueses do litoral e do interior", lembrou Daniel Adrião.

"Daqui enviamos um forte abraço a José Sócrates", enfatizou, recebendo bastantes aplausos da plateia.

A referência a José Sócrates feita pelo autor da moção "Resgatar a democracia" surgiu após ter referido a obra deixada por todos os líderes socialistas em democracia desde Mário Soares a António José Seguro.

"No PS temos orgulho em António José Seguro, que nos deixou a reforma do parlamento e claro as eleições primárias que inauguram um novo contrato político entre o PS os cidadãos", recordou Daniel Adrião.

Referindo que as eleições primárias de setembro de 2014, que elegeram António Costa como secretário-geral, foram um caso de sucesso e de forte de afirmação do PS, disse que "foi um erro" não se terem repetido novamente este ano.

"Foi um erro teres interrompido o processo das eleições primárias, o partido ganharia em ter dado continuidade a esse processo e foi um erro não teres feito primárias para deputados nas legislativas", disse dirigindo-se a António Costa.

Daniel Adrião propôs assim a realização de eleições primárias abertas a simpatizantes e alargadas a outros cargos no partido e uma reforma de representação política com a introdução dos círculos uninominais e a limitação do número de mandatos dos deputados.

O autor da moção "Resgatar a democracia" disse que a sua apresentação não reflete "um movimento de oposição interna" mas emana de um "movimento de cidadania".

Referindo que os cidadãos estão frustrados com a política e com os partidos e quando "50 por cento dos eleitores não votam (...) os deputados [da Assembleia da República] representam menos de metade do eleitorado" disse que é "altura das bases terem poder e de resgatar o poder à nova oligarquia que se apoderou dos partidos"

A candidatura alternativa protagonizada por Daniel Adrião elegeu apenas 23 delegados num total de 1763 e obteve 2,73% dos votos para secretário-geral.

Antes de interromper os trabalhos para almoço -- durante uma hora e um quarto -- o presidente do PS e da Mesa do Congresso, Carlos César, informou os delegados que existem 136 congressistas inscritos para falar, o que, sem desistências e a uma média de três minutos para cada, atiraria o final dos trabalhos para cerca das 22:00.

Segundo a organização, Francisco Assis, um dos discursos mais aguardados de hoje, tem a 'senha' n.º 41 (neste Congresso, foi atribuído um número a cada delegado que se inscreveu para falar), pelo que deverá falar durante a tarde.

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